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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

São Paulo - Prefeitura mantém negociação permanente com operadores de transporte escolar

22/08/2013 19h10


Após oito anos sem reajuste, Prefeitura concedeu aumento médio de 12% aos operadores do transporte escolar a partir de maio e terminará com o contrato precário vigente para reestruturar um modelo mais eficiente em 2014
A Prefeitura de São Paulo mantém desde o início do ano uma mesa de negociação permanente com os operadores do transporte escolar, que protestaram nesta quinta-feira (22), no Viaduto do Chá. Reuniões frequentes promovidas pelas secretarias municipais da Educação e do Transporte, como um encontro de mais de três horas de duração na última segunda-feira (19), renderam no mês de maio um reajuste de R$ 700 para cada operador, com uma majoração média de 12% nos contratos.

O reequilíbrio financeiro e econômico não acontecia desde a assinatura do contrato, há oito anos, apesar de renovações emergenciais em anos anteriores. Segundo o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, a Prefeitura vem estudando, inclusive com a participação dos atuais operadores, um novo modelo de contratação, mais justo e eficiente, que deverá ser adotado a partir do próximo ano para evitar distorções. O serviço beneficia 71 mil crianças em toda a cidade.

“Esse transporte escolar é essencial para as crianças, principalmente, as que moram na periferia. Nós temos um carinho muito grande por esse transporte. Eles ficaram oito anos sem receber reajustes e é um contrato precário”, afirmou Tatto. ”Serão corrigidas algumas distorções que detectamos e será mais eficiente, com controle maior inclusive das rotas delitimitadas. Tudo isso está sendo estudado”, disse o secretário.

Segundo a Secretaria Municipal da Educação, das 1.983 peruas escolares, 178 veículos que transportam 3.560 crianças paralisaram as atividades. Para o secretário César Callegari, os maiores prejudicados foram os estudantes, que perderam o dia letivo.

“Não há diálogo com ameaça, nem com faca no pescoço e muito menos, com crianças colocadas em situação de refém. Vamos continuar nosso padrão de diálogo permanente. Essa é a orientação do prefeito, mas sem colocar crianças em situação de refém”, afirmou.

Trânsito
O secretário Jilmar Tatto informou que os veículos que estacionaram em local proibido, como em via pública no Viaduto do Chá e no Vale do Anhangabaú, durante a paralisação, possivelmente, foram multados por agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O secretário explicou que não se trata de nenhuma orientação especial para as equipes de fiscalização, mas simplesmente, uma orientação de rotina em cumprimento ao Código Brasileiro de Trânsito.

Tatto informou ainda que pelas regras de contrato dos operadores, que prevê o pagamento por criança transportada, o dia de paralisação também será descontado no pagamento.

“É um programa que tem uma relação muito próxima com a mãe e com a criança. Ele não é apenas um operador ou um carregador de crianças. Precisa ter uma relação de confiança bastante alta nesse tipo de serviço. Por isso, tem de ser tratado com cuidado e por isso, faltou o bom senso deles”, afirmou.

Fonte: Prefeitura de São Paulo

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