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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Campinas - Transporte público investe em novo conceito com verbas do PAC 2

25/04/2012 - 18:11






Gilson Rei

Os projetos previstos para Campinas na área dos Transportes vão totalizar um investimento de R$ 339 milhões nos próximos três anos, que deverá gerar na cidade um conceito avançado de Mobilidade Urbana: o sistemaBus Rapid Transport (BRT).

Do total previsto em investimentos, o Programa da Aceleração do Crescimento da Mobilidade Urbana (PAC 2), do Governo Federal, vai destinar R$ 295 milhões, sendo R$ 98 milhões repassados diretamente do Orçamento Geral da União e R$ 197 milhões através de empréstimo em contrato de financiamento a juros baixos com um banco federal. O município de Campinas deverá investir R$ 44 milhões como contrapartida.

O Plano de Mobilidade Urbana de Campinas prevê a implantação de dois corredores de ônibus exclusivos à esquerda para a operação do sistema BRT nos eixos Ouro Verde e Campo Grande.

O sistema vai operar com ônibus biarticulados e haverá interligações fechadas entre os corredores. Além disto, estão previstas as reformas do Terminal Ouro Verde e do Viaduto Miguel Vicente Cury.

Para o Ouro Verde, estão previstos 17,3 km de corredor exclusivo à esquerda, com cobrança desembarcada e sistema de guiagem ótica ou magnética, que funcionará como um “trilho virtual”, ampliando o controle e confiabilidade da operação do transporte. O corredor ligará o Centro ao Ouro Verde, até o Aeroporto de Viracopos.

Já o Corredor Campo Grande, de acordo com o plano, contará com 17,8 km, também com corredor exclusivo à esquerda. A estimativa é que os dois corredores juntos transportem, em 2014, cerca de 30 mil passageiros por hora nos períodos de pico; podendo chegar a 40 mil, nos próximos 30 anos.

Além dos dois corredores exclusivos, os recursos serão voltados para duas grandes intervenções: ampla reforma do Terminal Ouro Verde, para adaptação ao sistema BRT; e a reforma e o alargamento do Viaduto Cury, para atendimento à nova realidade de corredores e integração com o Corredor Central.

Também está definido no plano, um corredor exclusivo à esquerda, uma interligação perimetral para reduzir o percurso negativo e diminuir a demanda nos corredores principais. A interligação será a construção de uma nova via no leito desativado do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no trecho entre o Campos Elíseos e a Vila Aurocan.

CONCEITO BRT

O BRT é um sistema de transporte de ônibus de alta qualidade que realiza mobilidade urbana rápida e eficiente e com um custo também eficiente. Este resultado é obtido através de uma infraestrutura segregada, com prioridade de passagem aos ônibus, operação rápida e frequente. O sistema inclui também um serviço de excelência aos usuários. É aplicado atualmente em Curitiba e em Bogotá, na Colômbia, além de diversas cidades do Canadá, Estados Unidos e Europa.

O BRT, basicamente, imita as características de desempenho e conforto dos modernos sistema de transporte sobre trilhos, mas com custos bem inferiores. Um sistema destes, por exemplo, tem um custo entre 4 a 20 vezes menos que um sistema de bondes ou de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Comparado ao sistema de metrô o BRT custa entre 10 e 100 vezes menos. O secretário de Transportes, André Aranha Ribeiro, explica que o BRT é um modo de transporte público sobre pneus, extremamente veloz e flexível, que combina estações, veículos, serviços, vias e elementos de sistema inteligente de transporte. “É um transporte público de alta qualidade, focado no usuário e nas pessoas, que passam a ter mobilidade urbana rápida, confortável e de custo eficiente”, resumiu.

Entre as características do sistema BRT estão incluídas vias de ônibus segregadas, que formam corredores exclusivos para o transporte público. Estas vias formam uma rede integrada de corredores e linhas. Nesta rede ficam instaladas estações modernas que apresentam instalações de amenidade e conveniência, conforto, segurança e abrigo contra intempéries do tempo.

As estações devem permitir acesso em nível ao veículo, com plataforma na mesma altura, sem degraus para os passageiros. Os terminais e as estações devem ser também especiais e facilitar a integração física entre as linhas tronco e os serviços alimentadores.

Os serviços de operação do sistema devem ser rápidos e frequentes entre as principais origens e destinos, garantindo ampla capacidade para demanda de passageiros ao longo do corredor. Para isso estão projetados também neste sistema embarques e desembarques rápidos, com cobrança e controle de pagamento antes do embarque (como é no sistema de metrô).

A integração tarifária entre as linhas, corredores e serviços alimentadores são fundamentais também no sistema BRT, assim como a prioridade semafórica para os veículos dos sistema de transporte.

Integram também o sistema BRT a aplicação de tecnologias veiculares de baixa emissão de poluentes e tecnologias de baixos ruídos. O sistema de cobrança e verificação de tarifas deve ser também automatizado.

O BRT prevê também a instalação de sistemas de gerenciamento por controle centralizado, aplicações de sistemas de tráfego inteligente e localização automática de veículos.

Obras que integram PAC 2 em Campinas:

1 - Implantação do sistema BRT (Bus Rapid Transport) - Um sistema fechado, veloz, segregado e de grande capacidade de transporte. Construído para otimizar o transporte e garantir ganho de tempo aos usuários. Em resumo, é um sistema de Metro, aplicado em corredores exclusivos. Exemplos: BRT de Bogotá (Colômbia) e BRT Curitiba.

2 - Criação do Corredor Campo Grande.

3 - Criação do Corredor Ouro Verde.

4 - Corredor de interligação dos corredores Ouro Verde e Campo Grande, no antigo leito do VLT (Vila Aurocam).

5 - Reforma e readequação do Viaduto Miguel Vicente Cury.

6 - Estação Elevada para BRT na altura da Rua Piracicaba.

7 - Viaduto de interligação entre as Avenidas Piracicaba e Rui Rodrigues.

8 – Diversas Estações de Transferência.

9 - Duplicação do viaduto que passa sobre a rodovia dos Bandeirantes na região Campo Grande.

10 - Duplicação de Viaduto sob a Ferrovia na região Jardim Florence.

11 - Rebaixamento na Avenida John Boyd Dunlop, altura do Jardim Londres.
12 - Rebaixamento da pista na Avenida John Boyd Dunlop, altura da Avenida José Pancetti.

13 - Reforma e ampliação do Terminal Ouro Verde.

14 - Rebaixamento da pista na Avenida Transamazônica, próximo à Avenida John Boyd Dunlop.

Fonte: Prefeitura de Campinas

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