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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Baixada Santista-SP - Valor da passagem do VLT pode ser de R$ 2,50

Audiência pública

De A Tribuna On-line


Créditos: Irandy Ribas
Apesar da discussão em torno da implantação do veículo leve sobre trilhos (VLT) já durar pelo menos dez anos e das obras de ligação entre os municípios da região ainda não terem entrado em processo de licitação, nesta terça-feira, uma reunião definiu qual será o preço da tarifa do futuro transporte coletivo. O preço sugerido foi de R$ 2,50 e contemplará, numa primeira fase, os municípios de Santos e São Vicente.

A projeção foi revelada por Sílvio Rosa, gerente regional da Empresa Metroplitana de Transporte Urbanos (EMTU), que ficará responsável pela administração do Sistema Integrado Metropolitano, o SIM. Rosa participou nesta tarde de audiência pública na Câmara de Santos para detalhar o projeto.

Sobre o valor da passagem, o gerente da EMTU afirmou que ainda não está decidido, mas os primeiros estudos sugerem os R$ 2,50 – o mesmo cobrado nos ônibus municipais de Santos.

A audiência foi convocada por meio da Comissão Especial de Vereadores (CEV) que acompanha a implementação do VLT em Santos e teve como objetivo detalhar como será o convênio entre a Prefeitura e a EMTU para a concessão de trechos do canteiro central da Avenida Francisco Glicério para a passagem dos futuros trens.

Os vereadores da CEV, principalmente, não ficaram satisfeitos com o nível de informação constante do documento enviado pelo Executivo, que está na Comissão de Justiça da Câmara.

A previsão da EMTU é de que a primeira linha, de 11 quilômetros de extensão e 16 paradas, com custo previsto de R$ 400 milhões, tenha as obras concluídas 24 meses após o seu início, previsto para dezembro deste ano.
Entenda o projeto

O VLT será viabilizado mediante Parceria Público Privada (PPP) na modalidade Concessão Patrocinada. O investimento está orçado em R$ 688 milhões. Desse total, R$ 286 milhões são para a modernização e renovação da frota de ônibus. As prefeituras de Santos e São Vicente devem participar com investimento adicional de R$ 35 milhões em obras no entorno da faixa do VLT.

O projeto vai beneficiar mais de 190 mil passageiros que utilizam o serviço de transporte coletivo metropolitano da região, diariamente. São 487 veículos distribuídos em 59 linhas de ônibus (comum e seletivo). Com o VLT, o sistema será integrado aos ônibus, o que resultará na supressão de 20% das linhas existentes.
O intervalo entre os trens não passará de 4 minutos, com 15 partidas por hora.

O trajeto dessa linha terá 11,2 km, com três terminais e 13 paradas. A frota inicial será de 10 veículos, sendo que cada um terá capacidade para transportar cerca de 400 pessoas. Atualmente, uma viagem de ônibus entre o Barreiros e o Valongo leva, em média, 50 minutos. Quando o VLT estiver em operação, o tempo gasto no deslocamento cairá para 33 minutos.

O Metrô Leve também terá piso baixo, facilitando o acesso de idosos e deficientes. O impacto energético será 2,6 vezes menor que o dos ônibus e 5,4 vezes inferior ao provocado pelos automóveis. Além de contribuir para a redução da poluição sonora e do ar, o VLT vai ajudar a diminuir os congestionamentos e o tempo de viagem.

Outra vantagem é a durabilidade da frota: 30 anos, prazo bem superior aos 8 anos de vida útil dos ônibus articulados e biarticulados.

Fonte: Jornal A Tribuna-Santos-SP
http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=37697&idDepartamento=5&idCategoria=2


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