Cerca de quatro mil empregados da Viação Piracicabana resolveram, nesta sexta-feira em assembleia, deflagrar uma greve por tempo indeterminado, a partir de quarta-feira. O protesto é devido à falta de acerto sobre o acordo coletivo com a empresa, que também resolveu retirar a proposta de 8% de reajuste salarial, os R$ 14 no vale-refeição e entrou com pedido de dissídio no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A mesa redonda de conciliação entre as partes também acontecerá na próxima quarta-feira, às 14 horas.

A negociação entre a direção da Piracicabana e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários da Baixada Santista (Sindrod) – que representa a categoria – estava bem encaminhada. Os trabalhadores aceitaram a oferta de 8% de reajuste salarial, porém não concordaram com o aumento de R$ 14 no vale-refeição – eles desejam receber R$ 16.

Na próxima segunda-feira, às 10 horas, sindicalistas e funcionários da empresa vão se reunir na Praça Mauá, em frente à Prefeitura, enquanto representantes da categoria serão recebidos pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).

Para evitar a paralisação total de seus profissionais, a Viação Piracicabana conseguiu, na tarde desta sexta-feira, uma liminar na Justiça que garante 75% da frota de ônibus em circulação.

Baixada Santista

Na região, a empresa opera com 410 ônibus intermunicipais, 300 municipais em Santos, 75 em Praia Grande e 36 em linhas que servem a área continental de São Vicente e Cubatão.
Ao todo são 810 veículos, que transportam cerca de 250 mil passageiros por dia, ou 7,5 milhões mensalmente.

Resposta

A Tribuna entrou em contato com a Viação Piracicabana, mas não obteve resposta.