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terça-feira, 13 de julho de 2010

Indústria automotiva aquecerá economia

Este setor deve liderar investimentos no Brasil

Segundo a análise, 60% das empresas do setor pretender investir para ampliar capacidade

Uma pesquisa divulgada recentemente pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) revelou que entre as indústrias de bens de consumo duráveis, as fabricantes de automóveis e autopeças são as que lideram a intenção de investimentos em ampliação de capacidade de produção neste ano.

De acordo com a análise, enquanto 40% do total de empresas que participaram da pesquisa citaram o aumento da capacidade produtiva como principal motivo para a realização de investimentos, entre as organizações do setor automotivo o total foi de 60%. Índice recorde para essa atividade desde o início do levantamento, em 1998.

“A crise já passou em termos de retomada da produção industrial, contratações e realização de investimentos, principalmente em expansão de capacidade. Quando a empresa faz esse tipo de investimento é porque está acreditando no crescimento da economia não apenas agora, mas também nos próximos anos”, justifica o bom resultado, Aloisio Campelo, superintendente adjunto de Ciclos Econômicos.

Para o especialista, os projetos empresariais não refletem apenas o aquecimento da economia, mas também os incentivos para investimentos. Tanto é que inúmeras empresas do setor automotivo vêm divulgando iniciativas para incrementar os negócios no País.

A Mercedes-Benz, por exemplo, anunciou em março que aplicará um montante de R$ 1,5 bilhão para aumentar a capacidade fabril de sua unidade em São Bernardo do Campo (SP). Além disso, a fabricante alemã também irá expandir a produção de veículos comerciais em sua planta em Juiz de Fora (MG).

Outra importante companhia que tem apostado no potencial do mercado brasileiro é a General Motors. Até 2012, pretende ter investido um montante superior a R$ 5 bilhões.

Entre as ações previstas pela GM no País estão a expansão da fábrica em Gravataí (RS), a duplicação e modernização do Centro Tecnológico de Engenharia e Design da GM em São Caetano do Sul, além de modernizar a fábrica de São Caetano do Sul e adequar a unidade à produção de novos modelos.

Já a Volkswagen prevê que de 2010 e 2014 sejam investidos 6,2 bilhões. Deste total, aproximadamente 40% será utilizado para a ampliação de sua capacidade produtiva. O restante será aplicado na elaboração de novos produtos.

Outra gigante, a Ford, estima um investimento de R$ 4,5 bilhões no Brasil no período de 2011 a 2015. De acordo com informações da empresa, a intenção é preparar as operações para suprir o aumento da demanda nacional e aumentar a competitividade em níveis globais.

Por último, mas não menos importante, a Fiat prevê – apenas neste ano - aplicar aproximadamente R$ 1,8 bilhão de um total de R$ 5 bilhões que vem sendo destinados ao País desde 2008. Segundo a fabricante, boa parte deste recurso será destinado a criação de novos produtos no mercado brasileiro.

Embora ainda não esteja colhendo os frutos destes investimentos – por se tratar de aplicações a longo prazo -, o setor automotivo já tem motivos para comemorar. De acordo com dados divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Automotores), o setor produziu 1.753.201 veículos no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 19,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

Além disso, um estudo da Roland Berger Strategy Consultants, uma das mais conceituadas consultorias de gestão empresarial do mundo, aponta evidências reais de crescimento que poderão fazer do Brasil uma potência mundial na produção e vendas automotivas. .

Stephan Kesse, diretor para o segmento automotivo da consultoria, em seu artigo “Brasil: potência no setor de veículos?” afirma que estimativas do segmento indicam que, neste ano, aproximadamente três milhões de veículos de passeio e comerciais leves sejam comercializados.

Até 2015, este número saltará para cinco milhões de unidades vendidas. Entretanto, o executivo destaca que “o desafio é colocar para andar uma série de ações para ampliar este potencial”.

Uma delas, na opinião dele, é a criação de uma agenda governamental para a indústria. Além disso, Kesse pontua que os fornecedores brasileiros também precisam melhorar os conhecimentos tecnológicos e reduzir custos para competir no mercado global.


Fonte:TER, 13 DE JULHO DE 2010 WEBTRANSPO: ELIZABETE VASCONCELOS - FOTO: DIVULGAÇÃO

http://www.webtranspo.com.br/veiculos/18814-industria-automotiva-aquecera-economia


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