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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

VLT Baixada Santista

Reestruturação dos transportes e VLT do Litoral Paulista não interessam a empresários do setor

Licitação que previa construção de Metrô Leve e reorganização das linhas e renovação da frota na baixada santista também foi esvaziada pelos empresários
Mais uma vez empresários de transportes coletivos se colocaram contra a readequação dos transportes intermunicipais. Desta vez foi no Litoral Paulista.

Terça-feira, 01/02/2011, a licitação do SIM – Sistema Integrado Metropolitano, da Baixada Santista, foi esvaziada pelos empresários locais.
A principal operadora dos transportes no litoral é a Viação Piracicabana, do Grupo Comporte, de Constantino de Oliveira,(anteriormente chamada de Grupo Constantino, depois Grupo Áurea) um
dos maiores empresários do Estado de São Paulo, não se interresa pelo assunto.
Entre os pontos previstos pelo SIM estava a implementação de um VLT – Veículo Leve sobre Trilhos, que, aproveitando a estrutura da linha férrea já existente, que seria readequada, ligaria em aproximadamente 11 quilômetros, a região do Barreiros, em São Vicente, ao Porto de Santos.
De acordo com a EMTU - Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos -, o Metrô Leve transportaria 45 mil passageiros por dia, com 12 veículos com capacidade para 400 pessoas. Cada VLT terá 44 metros de comprimento.
Esta seria a primeira fase do VLT do Litoral, que, quando completamente concluído, poderá transportar 220 mil pessoas por dia. O Metrô Leve seria alimentado e integrado fisicamente e na tarifa às linhas de ônibus municipais e intermunicipais. Mas a licitação do SIM contemplava muito mais que o VLT.
Estudos do Governo do Estado de São Paulo comprovaram o aumento populacional e alterações do perfil turístico do Litoral Paulista. Além disso, têm sido realizados novos investimentos não somente no setor turístico, mas de comércio, industrial e petrolífero.
Os estudos comprovaram que muitas linhas de ônibus estavam defasadas e que haveria a necessidade da criação de novas
ligações.

A EMTU também objetiva renovar a frota, com veículos mais confortáveis e potentes. Há ônibus convencionais operando com motores que são normalmente usados em micrões em outras regiões do Estado. Além disso, a gerenciadora exigiria uma frota maior de veículos acessíveis.
Os passageiros reclamam da falta de organização em linhas, algumas se sobrepõe as municipais e outras, com as mudanças que ocorreram nos últimos anos na Baixada Santista não têm mais a
mesma serventia enquanto há outras áreas que precisam de maior oferta de ônibus. Nenhum representante dos empresários da região quis se manifestar. Em menos de 24 horas, duas licitações com o objetivo de melhorar a situação dos transportes metropolitanos, uma no ABC Paulista e outra na Baixada Santista, foram frustradas.
Os atrasos, as demoras, os ônibus inadequados e as linhas defasadas ainda serão realidade na vida de muitos usuários, que cobram atitudes mais firmes das autoridades que cuidam dos transportes metropolitanos.

Fonte: Revista Porta Interbuss nº 30 por Adamo Bazani
João Manoel da Silva

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