Quarta-feira, 30 de junho de 2010 - 19h40
Vicente de Carvalho
Motoristas de ônibus estão preocupados com a onda de violência em Guarujá
De A Tribuna On-line
Com informações da TV Tribuna
Para a polícia, a suspeita é de que houve represália no caso do ônibus incendiado na madrugada desta quarta-feira no Pae Cará, em Vicente de Carvalho. O delegado Cláudio Rossi afirma que, de acordo com relatos de testemunhas, cerca de seis pessoas participaram da ação.
"Não temos ainda nenhum indício de autoria e nem o motivo, mas pela forma como foi praticado o crime, dá a entender que foi uma represália", explicou Rossi.
Por volta da meia-noite, como consta no boletim de ocorrência, o coletivo da linha 23 da empresa Translitoral trafegava na Rua Epitácio Pessoa quando, em um dos pontos, foi solicitada parada. Os homens entraram e, estranhamente, não anunciaram um assalto, mas falaram para todos os passageiros descerem.
Eles mandaram que o motorista deixasse o veículo atravessado na via, interrompendo o tráfego tanto na Rua Epitácio Pessoa quanto na Rua XV de Novembro. Ele desceu e os suspeitos atearam fogo, após jogarem um produto inflamável pelo corredor do ônibus.
A morte de dois homens durante uma operação policial, na última segunda-feira, na Favela da Aldeia, pode ter sido o motivo da represália.
Com a dupla, a polícia apreendeu dois revólveres e uma mochila que continha três tijolos de porções de maconha, cocaína, um radiocomunicador e uma máscara.
Os dois baleados foram levados ao Pronto-Socorro de Vicente de Carvalho, mas acabaram não resistindo. Eles já tinham passagem pela polícia.
Invasão em ônibus não é novidade
Os casos de ônibus invadidos por bandidos não são novidade em Guarujá. O motorista Antônio Pereira Couto conta que já foi assaltado duas vezes. "Tem funcionário que pediu até demissão porque não aguentou ser tanto assaltado", relatou.
"A gente trabalha com medo porque qualquer coisa eles querem incendiar os ônibus", disse outro motorista, Aldo Xavier.
Ao todo, 150 ônibus circulam por Guarujá. O veículo incendiado era um dos adaptados para portadores de necessidades especiais. De acordo com a Prefeitura, no estado em que o veículo ficou, não poderá ser recuperado.
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