15/01/2014 11:05:50
Foto: Fernanda Leal/Divulgação PMPA
No Mercado Público, estudantes realizaram oferendas ao Orixá Bará
Foto: Fernanda Leal/Divulgação PMPA
Grupo aprendeu mais sobre Porto Alegre no Museu Joaquim José Felizardo
Na tarde de terça-feira, 14, a linha especial da Carris Territórios Negros realizou o mais internacional dos seus passeios: levou um grupo 17 de alunos da universidade de Harvard aos pontos de referência da população afro-brasileira na Capital sob orientação monitora Fátima Rosane André. A turma participa de um programa de intercâmbio entre a instituição norte-americana e a PUCRS (Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul) chamado “Língua Portuguesa e Serviços Comunitários”, que já conta dois anos. Além dos estudantes estrangeiros, acompanharam o trajeto os estagiários do projeto social PET (Programa de Educação pelo Trabalho), desenvolvido pelo TRF (Tribunal Regional Federal) com jovens da Fase.
O ônibus circulou por regiões historicamente reconhecidas como territórios de ocupação e constituição da população negra: o Largo da Forca (Praça Brigadeiro Sampaio), o Pelourinho (Igreja Nossa Senhora das Dores), o Mercado Público de Porto Alegre, os bairros Bom Fim e Rio Branco (antigas colônias africanas), a Ilhota (perto do Centro Municipal de Cultura e da Avenida Érico Veríssimo) e o Quilombo do Areal da Baronesa (Travessa Luiz Guaranha). Além disso, o grupo conheceu o Museu Joaquim José Felizardo, também conhecido como Museu de Porto Alegre, que traz informações sobre a cidade. (fotos)
Ao longo do trajeto, os estudantes tiveram a oportunidade de adquirir conhecimento sobre a história, desenvolvimento dos espaços físicos, e vivenciar a cultura de Porto Alegre. Já no Largo da Forca, local da primeira parada, foram convidados a realizar um ritual típico das religiões de matriz africana, que é tocar o tambor para realizar a invocação das entidades, ou orixás. Ali, foram convidados a mentalizar a integração entre os homens e a celebração da paz. No Mercado Público, outra oportunidade de experimentar um costume local: ao centro do espaço, local onde está assentado o Orixá Bará (Exu), entidade que abre os caminhos, guarda as casas e cidades e representa o trabalho e a fartura, eles realizaram oferendas.
A iniciativa foi realizada pela Carris em parceria com as secretarias municipais de Educação, Turismo, Secretaria Adjunta do Povo Negro e Procempa, com apoio da Secretaria Municipal da Cultura através do Museu Joaquim José Felizardo.
Texto de: Fernanda Leal
Edição de: Manuel Petrik
Fonte: Portal PMPA
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