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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Teresina - Integração já está vigorando, mas usuários estão muito insatisfeitos

Cartão Integração é R$ 6,30 - 02/01/2012 às 12:24h




Integração já está vigorando, mas usuários estão muito insatisfeitos

A integração das linhas do transporte coletivo em Teresina entrou em vigor nesta segunda-feira (02/12). Além de ser um sistema que está longe de atender as necessidades dos teresinenses, ainda é um mistério para a maioria dos usuários.

Atualmente das 92 linhas, apenas 33 fazem parte da integração, e diferentemente de outras cidades, não oferece ao usuário ter gratuidade no segundo ônibus. O preço da passagem já foi reajustado para R$ 2,10. Em Teresina, o usuário que tiver um dos cartões magnéticos do Setut, pagará meia passagem (R$ 1,05) na segunda viagem, nas poucas linhas que fazem parte da integração e no tempo determinado.
A reportagem do 180graus esteve na Praça Saraiva e verificou que poucos usuários sabem sobre o sistema, apesar da campanha educativa que a prefeitura vem fazendo e de agentes com informações nas paradas.

“As pessoas estão com muitas duvidas sim, muita gente não está sabendo direito o que é e como funciona, sobre o preço da tarifa, quanto que vão pagar, até que horas tem isso, a gente está procurando sanar todas essas duvidas e entregando as cartilhas com as informações”, afirma uma das agentes da integração da Strans, Larisse Summer, ela ainda afirmou que esses agentes ficarão nos pontos de integração de 6h às 21h tirando dúvidas.

“Eu não sei como funciona essa integração, eu pretendo usar, mas não sei como é, só ouvi dizer que é diferente de outras cidades”, afirma a estudante Mônica Soares, ela mora no Dirceu e estuda no Morada Nova, pega dois ônibus só para chegar na escola, os ônibus que ela pega não fazem parte do sistema.


Ao ser informada pela agente como funciona a integração, ela ficou decepcionada. “Mas a passagem aumentou e eu acho isso ruim, porque em fortaleza, que fica num estado ao lado, é mais desenvolvido, a gente paga R$ 1,90 e é muito melhor. Os ônibus que eu pego nem fazem parte” disse a estudante.

A costureira Eunice Araújo Nascimento também não sabe quase nada do sistema. “Eu ouvi na televisão, que era igual São Paulo, mas lá é bem diferente do que eu ouvi dizer, porque aqui tem que pagar a metade, só sei disso”, afirmou. Ela foi informada pela reportagem do 180graus como funcionava e também desaprovou.

Dona Eunice lê o complicado folheto explicativo

“Eu acho que se querem fazer coisa boa, que imitem outras cidades que realmente beneficiam os usuários, eles aumentam a passagem, mas não fica nada bom, não compensa vir para cá, eles fazem isso pra melhorar o bolso deles”.

Ela mora na Vila Irmã Dulce e seu bairro tem duas linhas integradas, mas como do seu bairro para o centro demora cerca de 45 minutos, ela só teria 15 para pegar um segundo ônibus e a integração só pode ser em uma hora.

Já a vendedora Tereza Cristina foi a única encontrada que pretendia usar a integração. Ela mora no Angelim e pretendia ir para a a região do Grande Dirceu. Mas ao descer na Praça Saraiva, há 15 minutos esperava a linha São Paulo/Renascença, mas sem esperança de usufruir a integração, pois já fazia cerca de uma hora que tinha usado no primeiro ônibus. “É complicado viu, realmente não vale a pena desse jeito não” afirmou.


Leandro Lima é operador de carne em um supermercado da Zona Leste, ele mora no bairro Santa Fé e também não sabia como funcionava a integração, ao receber informações discordou do sistema.

“Eu não concordo não, seria bom se fosse para todas as linhas, eu acho que tá errado porque a passagem já aumentou, eu pego quatro ônibus todos os dias, saio do Santa Fé, é mais de uma hora de ônibus, pego um ônibus até a Praça Saraiva e depois para a Avenida Presidente Kennedy”, afirma.

Outro erro da integração é que nem todos os ônibus que fazem parte do sistema estão identificados, como a reportagem verificou nesta manhã. Um ônibus que faz a linha 706 Irmã Dulce – Esplanada/Barão, além de não está identificado, não era padronizado. Aí fica a duvida se ônibus que fazem parte da integração podem ser utilizados.

Esse ônibus é da integração, mas não está identificado

Além disso quem não possui o cartão magnético deve pagar o valor de R$ 6,30 num dos postos do Setut para adquiri-lo. A realidade é que será um serviço pouco utilizado pela população. A prefeitura alega que é apenas o começo, e que pretende fazer o processo para todas as linhas e que a segunda passagem será gratuita. Mas sem previsão. Enquanto isso a população paga mais caro por uma passagem, onde o serviço continua ruim, e ainda tem que aguentar uma integração inútil.









Fonte: 180º

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