Protesto terminou no início da tarde desta terça no Centro de São Paulo.
Ao todo, 97 linhas de ônibus tiveram trajetos alterados, segundo SPTrans.
Os motoristas e cobradores de ônibus que realizaram manifestações, e chegaram a bloquear três terminais de ônibus de São Paulo na manhã desta terça-feira (2), finalizaram os protestos no início da tarde, após se concentrarem em frente à Câmara Municipal, no Viaduto Jacareí, no Centro, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Os manifestantes eram motoristas e cobradores que apóiam uma chapa de
oposição à atual presidência do Sindicato dos Motoristas de São Paulo. O
ato também contou com a participação de representantes da União Geral
dos Trabalhadores. Entre outras reivindicações, o grupo tentava entregar
um abaixo-assinado que pede a mudança da lei 13.207, a fim de garantir a
presença dos cobradores nos ônibus.
A Prefeitura reforçou em nota que não existe plano ou intenção de
extinguir a função do cobrador de ônibus, que tem a atividade assegurada
pela lei municipal 13.207.
O protesto da categoria teve início por volta das 9h30, no Terminal Dom
Pedro II, no Centro, onde manifestantes impediam a entrada e saída dos
coletivos. Logo depois, o acesso dos ônibus aos terminais Mercado e
Bandeira também foi bloqueado pelo grupo. Ao todo, 97 linhas de ônibus
tiveram seus trajetos alterados por conta da manifestação, de acordo com
a SPTrans.
Os terminais só começaram a ser desocupados às 11h50. O ato resultou na
formação de longas filas de ônibus no entorno dos terminais. Com isso, o
tráfego de veículos de passeio também foi prejudicado a ponto de a CET
recomendar aos motoristas que evitassem trafegar pela região central da
capital por conta do grande congestionamento.
Após deixarem os terminais, os manifestantes partiram em passeata em
direção à Câmara Municipal. Parte do grupo se reuniu na calçada do
Viaduto do Chá e outros manifestantes se concentraram em frente à
Câmara, no Viaduto Jacareí. A pista da esquerda do viário foi totalmente
interditada pela manifestação, na altura da Rua Santo Antônio.
Com faixas, apitos e carro de som, os motoristas e cobradores
protestavam contra a atual presidência do sindicato que representa a
categoria. Além de reivindicar melhores condições de trabalho, os
manifestantes exigiam mudanças na linha de investigação da CPI dos
Transportes, que começou os trabalhos na Câmara nesta terça-feira.
Eles foram recebidos pelo vereador Nelo Rodolfo (PMDB), integrante da
CPI dos Transportes. Segundo informações do gabinete do vereador, os
manifestantes entregaram o abaixo-assinado, com cerca de 18 mil
assinaturas, que será encaminhado ao presidente da Câmara, José Américo
(PT), e ao prefeito Fernando Haddad (PT).
O grupo também pedia a adoção da proposta do vereador Ricardo Young, do
PPS, que especifica a presença do cobrador nos ônibus. Segundo a CET,
os manifestantes começaram a se dispersar do local às 13h30.
De acordo com a SPTrans, das 1.340 linhas de ônibus que circulam em São
Paulo, cerca de 400 são afetadas pelos bloqueios – o que equivale a
quase 30%. Ainda não havia informações sobre quantos passageiros são
prejudicados pelos protestos. Às 12h, os manifestantes impediam a
entrada e a saída de coletivos nos seguintes terminais:
- Parque Dom Pedro, no Centro
- Santo Amaro, na Zona Sul
- Santana, na Zona Norte
- Capelinha, na Zona Sul
- Campo Limpo, na Zona Sul
- Grajaú, na Zona Sul
- Varginha, na Zona Sul
- João Dias, na Zona Sul
- Lapa, na Zona Oeste
- Pirituba, na Zona Norte
- Cachoeirinha, na Zona Norte
- Vila Prudente, na Zona Leste
- Casa Verde, na Zona Norte
- Mercado, no Centro
- Princesa Isabel, no Centro
- Jabaquara, na Zona Sul
Divulgação e Postagem: João Manoel (Equipe Litoralbus)
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