A antiga rodoviária ficava em pleno centro de São Paulo
No começo do século 20 foi inaugurada a Estação da Luz, 30 anos
depois foi construída a sede da estrada de ferro Sorocabana e a
estação Júlio Prestes, por onde passava a produção de café de todo
o país. Em 26 de janeiro de 1961, a região da Luz se fixava como
centro de modais com a inauguração da estação rodoviária, como era
chamada.
A estrutura metálica com a marquise e o teto formados por
quadrados coloridos ficou pronta pouco tempo depois e tornou-se
uma referência geográfica da cidade. Por ser o principal meio de
transporte intermunicipal e estadual, já no primeiro mês circularam
cerca de 150.000 pessoas por dia. A obra custou 200 milhões de
cruzeiros e foi construída durante a gestão do governador Ademar de
Barros em parceria coma prefeitura.
Antes da inauguração do terminal, os paulistanos dirigiam-se a
pontos dispersos pela cidade, de acordo com o destino pretendido.
Os ônibus para o Nordeste saíam e chegavam no Brás. Já para o Rio
de Janeiro, o embarque era na avenida Ipiranga. A rodoviária da Luz
não era só frequentada pelos passageiros, mas também por
telespectadores: foi um dos primeiros lugares da capital a receber
aparelhos de televisão em cores na primeira metade dos anos 70, o
que atraiu muitos torcedores ávidos pela novidade "ao vivo e em cores".
Em 9 de maio de 1982, o governador Paulo Maluf inaugurou o
novo terminal rodoviário do Tietê, desativando o antigo, e o prédio
icônico foi vendido para um grupo de empresários que o
transformariam em um shopping popular a partir de 1988. Em 2007 on
prédio foi desapropriado e permaneceu fechado até abril de 2010,
quando foi finalmente demolido, dando origem ao terreno que deverá
abrigar um centro cultural. A futura obra faz parte do projeto Nova Luz,
que pretende reurbanizar a região que passou a ser conhecida como
Carcolândia. O empreendimento terá 70.000 metros quadrados e suas
obras devbem começar em 2013, com expectativa de conclusão de
quatro anos.
por Isadora Carvalho (Revista Quatro Rodas, nº 636, nov/2012)
Divulgação e Postagem de João Manoel (Equipe Litoralbus)
Muito boa matéria ,parabéns, que saudades dessa Rodoviária,passei minha infancia olhando esse fluxo de gente saindo e chegando de S.Paulo, pois eu morava em um prédio em frente. Adorei essa matéria
ResponderExcluirDemolir esse prédio foi um erro do ladrão Maluf. Era muito bonito e poderia ser um centro cultural com pequenas adaptações
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