Prefeito determinou na semana passada que os assuntos sejam discutidos nos conselhos da Cidade e de Transportes. Mais de 290 quilômetros de faixas exclusivas para ônibus foram instalados este ano na capital
A Prefeitura reunirá o Conselho da Cidade e o Conselho Municipal de Transportes em janeiro para debater dois estudos recentemente concluídos sobre a circulação dos táxis nos corredores e faixas de ônibus e a ampliação da área de rodízio na capital. “Nosso objetivo é abrir os dados, não omitir da população as informações, para que a sociedade nos ajude a tomar a melhor decisão. Tanto em relação às artérias, envolvendo a questão do rodízio, quanto a questão dos táxis nas faixas e corredores de ônibus”, disse o prefeito Fernando Haddad, durante visita à região do Jabaquara, na zona sul.
Atualmente, apenas os taxistas com passageiro têm permissão para circular nos corredores de ônibus da cidade. “Nós não vamos tomar nenhuma decisão para lá ou para cá, ou para incluir ou para excluir (os taxistas) dos corredores, sem ouvir a sociedade. Essa decisão vai ser depois de um amplo debate. E quem vai julgar a conveniência é a população afetada. Nós não vamos tomar uma decisão por portaria, decreto, sem antes ouvir o Conselho da Cidade, o Conselho Municipal de Transporte e outros especialistas que queiram participar da discussão”, afirmou Haddad.
A tendência, segundo o prefeito, é de que as reuniões sejam realizadas já no mês de janeiro. “A gente pensou em fazer amanhã uma reunião do Conselho para isso, mas vai ficar muito em cima. A secretaria de Transportes pediu alguns dias a mais para que nós possamos apresentar oficialmente os resultados. Então deve ser em janeiro. Se depender da gente, em janeiro nós faremos as reuniões do Conselho pra abrir a discussão”, explicou Haddad.
Os debates integram uma série de medidas que estão sendo tomadas pela Prefeitura este ano para melhorar o transporte público em São Paulo. Faixas exclusiva e corredores de ônibus estão sendo instalados para aumentar o fluxo dos ônibus - a velocidade média dos coletivos passou de 13,8 Km/h para 20,4 Km/h. Os dados indicam que um deslocamento que, antes era realizado em uma hora, agora é feito em 33 minutos. Além disso, várias linhas de ônibus estão sendo reorganizadas na capital.
Faixas exclusivas
Apenas neste ano, 291 quilômetros de faixas exclusivas para ônibus foram implantados em todas as regiões da cidade - oito quilômetros foram instalados nesta segunda-feira na zona leste.
O objetivo inicial da Prefeitura, previsto no Programa de Metas, era implementar 150 quilômetros de faixas exclusivas para ônibus até 2016. No entanto, em junho, durante os protestos pela melhoria do transporte público, o prefeito Fernando Haddad ampliou a meta para 220 quilômetros até dezembro. No fim de outubro, a meta foi ampliada novamente, desta vez para 300 km.
Corredores
A Prefeitura de São Paulo firmou na última sexta-feira (13) contrato para a construção de 94 quilômetros de corredores de ônibus da capital. O pacote faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade e garante investimento de R$ 2,2 bilhões para as vias exclusivas para o transporte público.
Entre as vias que serão financiadas com os recursos estão o corredor Capão Redondo-Campo Limpo-Vila Sônia, M’Boi Mirim-Estrada da Baronesa, M’Boi Mirim-Santo Amaro com o acesso ao terminal, dois trechos do Leste-Itaquera e três trechos do Radial Leste. O contrato inclui ainda as obras do Corredor Berrini e do Aricanduva.
Reorganização das linhas
Para tornar o sistema de transporte mais eficiente, a Prefeitura já acionou um projeto de reorganização das linhas de ônibus na cidade. A idéia é de que o sistema seja reorganizado com linhas mais curtas, feitas por permissionários (microônibus) e com intervalos mais curtos para fazer o transporte dos bairros periféricos, integrando em terminais com linhas que trafegam em grandes eixos estruturais, com veículos maiores de grande capacidade, nos corredores exclusivos. No fim de outubro, a SPTrans reorganizou 45 linhas na zona leste da capital.
Rodízio
O rodízio de veículo abrange, atualmente, uma área de 150 quilômetros quadrados. De acordo com estudo elaborado pelo técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), mais 240 quilômetros de áreas lineares seriam incluídos na restrição. Incluindo algumas vias importantes da cidade, como as avenidas Aricanduva, Jorge João Saad, Brás Leme e Interlagos.
Fonte: Prefeitura de São Paulo
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