Ribeirão Preto, 19 de Dezembro de 2013 - 18h31
Fotos Roberto Galhardo
Os motoristas ficaram caracterizados como passageiros
com necessidades especiais
O curso intitulado “Pró-Humano” visa um transporte coletivo de qualidade para todos
Cerca de 700 motoristas do transporte coletivo de Ribeirão Preto estão participando de um curso onde ficam caracterizados como pessoas com necessidades especiais.
Trata-se do curso "Pró-Humano", desenvolvido pelo Programa de Formação Especializada em Transporte do Sest/Senat, envolvendo uma parceria com a Transerp, empresa que gerencia o trânsito e o transporte urbano de Ribeirão Preto e o Consórcio PróUrbano, no qual são abordados comportamentos adequados no atendimento a todos tipos de usuários do transporte coletivo, com ênfase para pessoas com necessidades especiais.
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Outros usaram pesos nas pernas | |
No treinamento, intitulado “Transporte para Todos”, é abordado o atendimento às pessoas com restrição de mobilidade permanente ou temporária, iniciando com uma dinâmica, onde os motoristas se deslocam com pesos nas pernas, com cadeira de rodas, com óculos sujos/viseira para simular baixa visão ou cego, ou com protetor de ouvido, simulando usuário com deficiência auditiva.
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Os pesos na cintura serviram para simular grávidas e obesos | |
Kléber Flauzino Oliveira, instrutor do Sest/Senat explica como os motoristas saem do curso. “Eles saem com outra visão do treinamento para atender clientes com necessidades especiais. É muito interessante a percepção deles”.
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Quando desceram do ônibus muitos precisaram de ajuda | |
Miguel Batista da Silva é motorista há 13 anos e sentiu a dificuldade de ter uma necessidade especial. “Não dava para imaginar as dificuldades que esses passageiros enfrentam, mas agora sei como é e vou lidar com eles de uma forma diferente”.
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Fotos Carlos Natal
Kléber Flauzino Oliveira é instrutor do Sest/Senat | |
Outro motorista que participou do curso é o Donizete Aparecido Brosa, que trabalha há nove anos na função. Ele precisou usar muletas na caracterização. “É muito difícil usar a muleta no ônibus. Nós já somos treinados para atender bem essas pessoas, mas esse treinamento foi diferente, agora sabemos de fato como são grandes as dificuldades”.
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Miguel Batista da Silva é motorista há 13 anos e sentiu a dificuldade de ter uma necessidade especial | |
Há 20 anos atuando como motorista de ônibus, Marcos Antônio Barbosa também gostou do treinamento. “Não é nada fácil ficar nessas condições e agora vou usar o treinamento para ajudar ainda mais esses passageiros que necessitam de cuidados especiais”.
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Aparecido Brosa usou muletas na caracterização | |
O diretor superintendente da Transerp, William Latuf, explica que o referido curso trata da valorização do profissional e dos usuários, estando previsto no contrato de concessão do novo sistema do transporte coletivo. “Atendendo cláusula contratual do novo sistema de transporte de Ribeirão Preto, que prevê treinamentos periódicos, a Transerp e o Consórcio PróUrbano procuraram o Sest/Senat para que esse curso fosse realizado e o resultado está sendo excelente. O curso faz parte das ações que visam a melhoria da qualidade de atendimento ao usuário do transporte coletivo, especialmente os que têm necessidades especiais”, ressalta Latuf.
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“Não é nada fácil ficar nessas condições e agora vou usar o treinamento para ajudar ainda mais esses passageiros que necessitam de cuidados especiais”, disse Marcos Antônio Barbosa | |
Para a coordenadora de Ensino e Desenvolvimento Profissional do Sest/Senat, Inês Aparecida Artal Rocha da Silva, esse treinamento também está sendo extremamente importante para que os motoristas sintam-se valorizados enquanto profissionais. “Quanto maior a qualidade do transporte público, mais condições de melhorias na mobilidade urbana teremos”.
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Foto Roberto Galhardo
Maria Abadia Matheus de Sá, diretora do Sest/Senat | |
“Após o treinamento faremos uma avaliação do comportamento desses motoristas e também conversaremos com os usuários para sabermos os resultados do curso”,conclui a diretora do Sest/Senat, Maria Abadia Matheus de Sá.
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As viseiras foram suficientes para tirar a visão de alguns participantes
Fonte: Prefeitura de Ribeirão Preto
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