Apesar de não ter qualquer responsabilidade legal pelo transporte metropolitano, a Prefeitura de Curitiba banca hoje quase 30% do subsídio para permitir que usuários de 13 municípios da região metropolitana paguem a mesma tarifa praticada na capital (R$ 2,70).
Legalmente, o transporte metropolitano é competência do Governo do Estado. Hoje, porém, Curitiba arca com R$ 2 milhões dos R$ 7 milhões mensais em subsídio destinado aos municípios metropolitanos.
Das 13 cidades da região metropolitana de Curitiba que compõem a Rede integrada de Transportes (RIT), Fazenda Rio Grande é a que fica com a maior fatia do subsídio – mais de R$ 1,5 milhão, ou seja, cerca de 22% do total.
Na sequência aparecem Colombo (R$ 1,2 milhão ou 17%), Araucária (R$ 1,1 milhão ou 16%) e Pinhais (R$ 1,1 milhão ou 15,8%). Veja Aqui a tabela
“Quando defendemos o subsídio, estamos apenas defendendo que o Estado assuma uma responsabilidade que é dele. A verdade, Curitiba está lutando pelos interesses dos outros municípios. Curitiba não precisa de subsídio”, explica o presidente da URBS, Roberto Gregório.
Renovação subsídio
A Urbs solicitou oficialmente à Comec que informe o valor de tarifa do transporte coletivo para o usuário, projetado pelo governo estadual para 2014.
No documento, a Urbs lembra que o subsídio de R$ 5 milhões aos municípios da região metropolitana que fazem parte da Rede Integrada, anunciado pelo Governo do Estado nesta semana, não cobre sequer os custos atuais do transporte metropolitano integrado. Com isso, torna-se previsível um déficit ainda maior do sistema integrado a partir do reajuste da tarifa técnica que, por cláusula de contrato assinado com as empresas operadoras em 2010, deve ocorrer neste 26 de fevereiro.
“É de supor que a decisão do governo de manter o mesmo valor de subsídio do ano passado seja resultado de estudos e projeções. E, no momento em que tanto a tarifa técnica quanto os salários ainda estão em negociações, é importante saber a partir de que cálculos se chegou à decisão de congelar o subsídio, independente do aumento dos custos”.
Nos valores atuais, encargos, benefícios e salários de motoristas e cobradores representam mais de 47% da tarifa e, sem a definição do reajuste – em negociação entre patrões e empregados – não há como fechar os cálculos da nova tarifa técnica e, em consequência, dos recursos que serão necessários para bancar o custo do transporte metropolitano.
Fonte: Prefeitura de Curitiba
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