Resumo completo para você ficar por dentro dos momentos mais importantes dessa experiência no BRT Metrobús da Cidade do México!
O
grupo de jornalistas visitou as linhas 1, 3 e a 4 (recém-inaugurada) do
BRT mexicano, acompanhado por Diana Carranza, do Metrobús, e Marco
Priego do CTSEMBARQ México. A Linha 1, que percorre a avenida
Insurgentes, foi a primeira a ser inaugurada em 2005 e é a principal da
cidade, com 30km de extensão. Somando as quatro linhas existentes, o
sistema é responsável pelo deslocamento de 760 mil pessoas diariamente
com um preço tarifário único de 5 pesos (cerca de R$ 0,84).
Características das estações
Todas
estações têm ao menos uma máquina que vende e recarrega o cartão do
Metrobús, além de câmeras de segurança, policiamento e informações ao
usuário por meio de mapas e painéis. A acessibilidade também é presente
na maioria das estações e terminais, com rampas, piso tátil e embarque
preferencial em nível. Outro fator que chama a atenção é a eficiência do
sistema de bilhetagem e sensor das catracas. Os usuários levam menos de
3 segundos para ter o acesso liberado após aproximarem os cartões dos
sensores. Uma das estações da Linha 1 já conta com sistema de
abastecimento de energia solar. E no momento a palavra de ordem é
informação ao usuário e integração entre os outros sistemas.
“O
projeto é desenvolver um cartão integrado ao metrô e ao sistema de trem
suburbano. Mas ainda há empecilhos e decisões burocráticas que precisam
ser tomadas e que envolvem diferentes instituições”, explica Diana
Carranza. “Uma das urgências, e que está em fase de projeto, é a
colocação de GPS em toda frota. A intenção é possibilitar informação em
tempo real para os usuários com telões informativos na estações e também
por smartphone”, diz.
Como era antes do Metrobús
Visitamos
o Terminal Indios Verdes, um dos principais da Linha 1 e próximo à
estação de metrô. Lá o grupo presenciou o que era o sistema de
transporte coletivo da Cidade do México antes dos corredores BRT, com os
micro-ônibus. A frota que conhecemos vinha do município de Ecatepec, na
região metropolitana, até o terminal Indios Verdes, pois não tem
autorização para circular dentro do Distrito Federal. As condições dos
veículos são precárias e apresentam risco para quem utiliza o sistema,
como falta de para-choques, para-brisas quebrados, pneus carecas, entre
outros. Mesmo longe do conforto e rapidez do Metrobús, os micro-ônibus
têm tarifas que variam de 7 a 12 pesos, mais do que o dobro da passagem
do BRT.
Visita ao pátio da Linha 1 e referência de Curitiba
Na
sequência, a delegação visitou o pátio da Linha 1 do Metrobús
administrado pela Cisa, uma das 9 diferentes operadoras do sistema.
Victor Martinez e Eduardo Ortiz Soria, representantes da Cisa, receberam
o grupo para explicar como é feita a manutenção dos veículos. No final
de cada jornada, os ônibus passam por vistorias mecânicas e são
higienizados tanto no interior quanto no exterior, a fim de garantir a
qualidade e segurança dos veículos que são usados de forma intensa
durante o dia. “Quase tudo o que vocês estão vendo aqui nós aprendemos
na terra de vocês, no Brasil. Há sete anos estivemos em Curitiba e vimos
como eles faziam o sistema funcionar. Por isso estamos muito felizes e
gratos com a visita de vocês aqui hoje”, disse Ortiz.
Depois
o grupo seguiu para reunião com David Escalante, sub-gerente de
Planejamento do Metrobús, que apresentou o histórico do sistema com
fotos de antes e depois da implementação do sistema e trouxe informações
sobre os usuários. Atualmente, o BRT transporta uma média de 760 mil
pessoas ao dia, nas quatro linhas existentes, que estão economizando
tempo e dinheiro no deslocamento. A redução no tempo médio de viagem é
de 40%. Isso explica porque 9 em cada 10 usuários classificam o serviço
como bom ou muito bom e 96% recomendariam o Metrobús a outras pessoas.
BRT x metrô
A
Cidade do México conta com 67 km de Metrobús em contrapartida dos 200
km de metrô, que transportam 4,7 milhões de pessoas ao dia. Mesmo assim,
o engenheiro vê muito mais benefício em se apostar no BRT. Para
Escalante, as vantagens de implementar ou investir num sistema de
ônibus rápidos ao invés do metrô são muito claras.
“O
sistema de ônibus rápidos promove o desenvolvimento urbano. Temos mais
gente caminhando e passando nas ruas e isso fomenta o comércio, a
cultura. Precisamos valorizar também os benefícios sociais, além da
parte financeira”, explica. Mesmo sem querer dar ênfase a economia de
recursos, Escalante reconhece o baixo custo de implantação de um
corredor, aliado a um período de construção muito menor do que um
sistema subterrâneo.
Linha 4 – nova proposta do Metrobús
No
final do dia o grupo de jornalistas fez um passeio pela
recém-inaugurada Linha 4 do Metrobús a partir da Estação Buenavista.
Lá, trem, metrô e BRT se encontram, porém ainda sem integrações física e
tarifária. Os ônibus que circulam pelo corredor são novos, com piso
baixo e contam com tecnologia híbrida de combustível, o que reduz as
emissões de CO2 em 50%. Além disso, a nova linha oferece uma rota direta
para o Aeroporto Internacional da Cidade do México – Benito Juárez, com
tarifa de 30 pesos e garantia de não perder o voo por causa do
trânsito.
Descemos
na via Belisario Dominguez, que passou por recente reurbanização, e
caminhamos até o coração da Cidade do México, a Plaza de la
Constituición, ou Zócalo, onde centenas de pessoas eniños celebravam
o Dia das Crianças, dia 30 de abril. Zócalo é uma das maiores praças do
mundo e reúne construções que simbolizam a história política e social
do país. Foi uma bela maneira de fechar o primeiro e agitado dia de
Experiência BRT – Missão de Imprensa.
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