Se tem uma coisa que os santistas sabem de cor são as linhas de ônibus
Egle Cisterna
Da Redação
Revolução no transporte público à vista
Uma revolução está prestes a acontecer na vida de quem usa o transporte público municipal em Santos. Muitas linhas de ônibus deixarão de existir, outras serão implantadas. E mais: o tradicional percurso circular também está com os dias contatos.
A mudança faz parte de um estudo realizado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que está em fase de finalização, e ainda não tem data definida para acontecer. Mas o resultado deve ser realizado ainda neste ano.
O levantamento aponta que o fluxo do transporte público deva convergir para as principais vias, chamadas de troncais, como as avenidas Nossa Senhora de Fátima, Martins Fontes, Bernardino de Campos, Ana Costa e Conselheiro Nébias, além de toda a orla.
A ideia é que os ônibus que venham de vários pontos da Cidade sigam para estas vias principais, onde os passageiros podem pegar outra condução pagando uma única passagem - ou seja, usando o bilhete único - a exemplo do que já acontece na Capital. Mais para frente, a integração pode ser feita com outros modais, como o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
Fluxo dos coletivos vai convergir para as chamadas vias troncais; algumas linhas deixarão de existir
Usuários
“A parte técnica é fácil de ser implantada. O grande desafio é fazer com que as pessoas aprendam novamente a andar de ônibus”, afirma o diretor de Transportes Públicos, da CET, Rogério Vilani.
Os usuários dos coletivos também acham que será um período complicado de adaptação, pois boa parte da linhas que está em circulação já fazem o mesmo trajeto há décadas. “Se só pagar mos uma única condução, vai ser maravilhoso. Mas no começo, será bem difícil, mas, com o tempo, as pessoas se acostumam e aprendem”, diz a aposentada Altair Sena.
A professora Neusa Maria Bergamo Boteon tem opinião bem parecida. “Se é para o bem de todos, vamos ter mesmo que sofrer um pouco no começo. Mas com integração, se funcionar direito, vai ser ótimo”.
Mas nem todos concordam com a mudança. O segurança Ismael Gama não acredita que isso melhore o transporte. “Eles vão mexer no que está certo, funcionando bem, que é o trajeto. As pessoas reclamam que os ônibus estão cheios em determinados horários. Isso se resolve com mais ônibus”.
Impacto positivo
Vilani aposta que a mudança trará mais fluidez ao transporte e que os usuários terão mais opções para chegar ao destino.
“Se hoje a pessoa fica no ponto esperando determinada linha por alguns minutos, depois da mudança, ela pode pegar o primeiro ônibus que aparecer, para levá-la a um outro ponto, onde ela pode pegar outro ônibus, sem pagar nada mais por isso. Será muito mais rápido”, garante.
Foto: Arquivo
Divulgação e Postagem: João Manoel (Equipe Litoralbus)
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