terça-feira, 25 de setembro de 2012
A linha Interbairros
I de Curitiba, que liga os bairros centrais até a Pontifícia
Universidade Católica do Paraná (PUCPR), no Prado Velho, passará a
circular exclusivamente com ônibus de tecnologia híbrida a partir da
próxima quinta-feira. Os veículos funcionam com dois motores, um a
diesel e outro de operação elétrica. Em comparação com os ônibus
convencionais, há redução de 35% no consumo de diesel e de até 90% na
emissão de poluentes. O motor elétrico não gera ruídos.
A medida faz parte de um negócio fechado em 2011 entre a prefeitura e a Volvo, com a compra de 60 ônibus híbridos
da empresa – os primeiros com essa tecnologia a serem produzidos no
Brasil, totalmente fabricados em Curitiba. Cada ônibus híbrido custou à
prefeitura cerca de R$ 600 mil – aproximadamente 60% a mais do que um
ônibus com motor a diesel. A expectativa é de que, com a economia no
consumo de combustível, o investimento se pague em seis anos.
Dois motores
No ônibus híbrido, o
motor elétrico é utilizado para arrancar o ônibus e acelerá-lo até uma
velocidade de 20km/h. O motor a diesel entra em funcionamento em
velocidades mais altas. A cada vez que os freios são acionados, a
energia de desaceleração é utilizada para carregar as baterias do motor
elétrico. Quando o veículo não está em movimento, o motor a diesel fica
desligado.
Curitiba
Rua Sete de Abril passa a ter mão dupla a partir de hoje
A partir das 15 horas de
hoje, a Rua Sete de Abril, no bairro Alto da XV, passa a funcionar em
mão dupla. Antes, ela vinha em sentido único da Rua Ubaldino do Amaral
para a Rua XV de Novembro. Esta é a quinta e última alteração para a
conclusão do Anel Viário e, de acordo com a Secretaria Municipal de
Trânsito (Setran), todas as mudanças têm o objetivo de desafogar o
trânsito na região central da cidade.
O Anel Viário é
constituído por 23 ruas que formam binários em oito bairros da cidade:
Rebouças, Alto da XV, Alto da Glória, Centro Cívico, Bom Retiro, Mercês,
Batel e Água Verde. Com as modificações, mesmo que o trajeto se torne
um pouco mais longo, o fluxo de veículos será menos intenso, e permitirá
o deslocamento entre os bairros sem passar pelo Centro.
Outras mudanças
Desde a implantação do
Anel Viário, outras quatro ruas sofreram alterações. A Alberto Bolliger,
entre a Itupava e a Simão Bolívar, agora também tem sentido único. O
mesmo aconteceu com a Augusto Severo, entre as ruas Paraguassu e Doutor
Goulin. Esta última passou a ter sentido único entre a Barão de Guaraúna
e a Alberto Bolliger. A Simão Bolivar passou por duas mudanças: entre a
Alberto Bolliger e a Augusto Severo ela tem sentido único e, entre a
Mauá e a Augusto Severo ela apresenta mão inglesa.
Os primeiros dez ônibus
híbridos passam a circular depois de amanhã e outros 20 serão
implementados até 20 de outubro nas linhas Detran/Vicente Machado, Água
Verde/Abranches, Juvevê/Água Verde e Jardim Mercês/Guanabara. Os trinta
restantes passarão a fazer parte do transporte público de Curitiba a
partir do ano que vem.
Para o diretor de
transporte da Urbs, Antônio Carlos Araújo, os ônibus híbridos fazem
parte de um modelo que tende a ser implantado progressivamente em
Curitiba, por trazer conforto sonoro, economia de combustível e emitir
menos poluentes ao meio ambiente.
Mesmo com o preço maior
dos ônibus híbridos em relação aos tradicionais, não haverá repasse de
custos para o usuário, com a passagem permanecendo a R$ 2,60. Segundo o
diretor da Urbs, os 30 híbridos dentro de uma frota de 2 mil ônibus em
Curitiba não são o suficiente para pressionar o preço do bilhete.
Araújo ainda acredita
que, conforme a fabricação dos híbridos aumente, os preços vão cair,
permitindo a aquisição de mais veículos. “Quando compramos os
biarticulados, também eram mais caros do que um ônibus comum, e hoje
saem relativamente mais baratos. Faz parte buscar sempre novas
alternativas”, diz.
Um ônibus híbrido tem
vida útil de dez a 12 anos. Estão previstas inicialmente, dentro desse
período, quatro trocas de bateria – o componente mais caro do veículo.
Araújo afirma, no entanto, que a expectativa transmitida pelo fabricante
é de que a tecnologia tende a se desenvolver, com a criação de baterias
mais duradouras.
Angélica Favretto, especial para a Gazeta do Povo
Divulgação e Postagem de João Manoel (Equipe LitoralBus)
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