Da Redação
"Tem quinze centavos?" Com a nova tarifa do transporte público municipal, de R$ 2,65, que entrou em vigor no último domingo representando um aumento de 6% , a pergunta tornou-se recorrente aos usuários que não usam passe e pagam com dinheiro. A intenção é facilitar o troco, novo vilão dos motoristas/cobradores da linha municipal operada pela Viação Piracicabana.
Não que faltem moedas para dar o troco, já que isso poderia inviabilizar o transporte, mas, de acordo com os motoristas ouvidos por A Tribuna, é uma sobrecarga que gera mais dificuldades. E são muitas, como, por exemplo, moedas escassas, demora para o ônibus sair do ponto e mais estresse no trabalho, já que a empresa aboliu há algum tempo a figura do cobrador.
A cada ponto o problema se renova e com o passar das horas de trabalho, em meio ao trânsito que beira o caos, o motorista se encerra na preocupação e no constante abrir e fechar do caixa de plástico devidamente adesivado com o aumento.
Em alguns casos, a reclamação surge sem interlocutor. Sentado num banco próximo, é possível ouvir o lamento solitário do trabalhador, que arca com as dificuldades criadas pelo acúmulo de funções.
A opinião mais comum é de que se o aumento não tem jeito, que seja definido com um número redondo. Para os usuários, como não poderia ser diferente, a tarifa teria de ser arredondada para baixo.
"Realmente está difícil e,com certeza, isso vai deixar a viagem mais lenta. Sabe como é, a empresa se preocupa com o lucro dela",afirmou um motorista. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários da Região, Valdir de Souza Pestana, é um motivo a mais para aumentar a evasão de motoristas da Piracicabana. Este ano,mais de 80 motoristas pediram demissão da empresa.
Preço já arredondado
Conforme o presidente da CET, Rogério Crantschaninov, vem dizendo desde o anúncio do aumento, mais da metade dos usuários do transporte coletivo utilizam cartão transporte. "A tendência é esse número aumentar com o passar do tempo.
Por isso, a CET estimula e orienta o uso do cartão", disse Crantschaninov na última quarta-feira, dia do anúncio do aumento. Sobre o arredondamento do preço, ele disse que isso já foi feito. De acordo com os estudos, o preço deveria ser reajustado para R$ 2,67 e a CET decidiu com a Piracicaba na arredondar para R$ 2,65.
Fonte: Jornal A Tribuna Santos
http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=80946&idDepartamento=5&idCategoria=0
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