14:43 14/11/2014
Dados analisados pela Ernst Young, contratada pela Prefeitura para fazer a verificação independente, mostram falhas na contabilidade das empresas. Segundo relatório parcial será apresentado na próxima quinzena, e o trabalho será concluído em dezembro
O relatório da segunda fase da verificação independente nos contratos do sistema de transporte coletivo divulgado nesta quinta-feira (13) apontou que as empresas e cooperativas que prestam serviço na cidade não seguem a totalidade das normas contábeis. Os documentos podem ser acessados no blog da Verificação Independente.
A divulgação dos relatórios parciais foi prevista em contrato para dar transparência ao processo. Em março, o prefeito Fernando Haddad anunciou: “É a primeira vez que São Paulo faz este tipo de contratação. Nós queremos dar total transparência. Damos à Ernst & Young carta branca para fazer todos os procedimentos necessários para dar ao público os dados e sua opinião técnica. Queremos saber com clareza o que de fato acontece no sistema de transporte público da cidade". Os resultados da verificação serão utilizados para realizar a nova licitação no setor.
Para fazer o diagnóstico, a EY revisou os balancetes e demonstrativos contábeis de 2012 apresentados pelas concessionárias e permissionárias à SPTrans. Os dados são referentes aos aspectos patrimoniais (bens, direitos e obrigações das empresas) e econômicos (apuração dos resultados no período).
Segundo a EY, as concessionárias e permissionárias do transporte coletivo não apresentaram o “conjunto completo de peças contábeis, de notas explicativas e de documentos e/ou composições contábeis que suportem os saldos apresentados nas demonstrações financeiras”.
A EY ressalta no relatório que as empresas “não foram capazes de apresentar” justificativas para as divergências e/ou inconsistências entre saldos bancários e posições financeiras.
O diagnóstico das práticas contábeis foi feito individualmente para cada empresa e cooperativa, demonstrando as fragilidades, os impactos e as recomendações para serem adotadas pelas empresas para melhorar a qualidade na apresentação dos demonstrativos contábeis.
Para corrigir as fragilidades identificadas no relatório, a EY propõe um modelo padrão de plano de contas contábil a ser adotado por todas as empresas concessionárias e permissionárias. Ao incluir informações padronizadas no plano de contas, a EY acredita que será possível fazer o acompanhamento e fiscalização das atividades outorgadas pelo poder público.
“A utilização deste plano de contas contábil padrão permitirá apurar os resultados das atividades das operadoras e, sobretudo, contribuirá para a avaliação da análise do equilíbrio econômico-financeiro do sistema de transporte”, diz o documento.
Este é o primeiro relatório apresentado pela EY, que foi contratada pela Prefeitura de São Paulo em março deste ano para fazer a verificação independente dos contratos do sistema de transporte coletivo da cidade. O objetivo do levantamento é fornecer informações para estruturar novos editais de contratação do serviço.
Fonte: Prefeitura de São paulo
http://www.capital.sp.gov.br/portal/noticia/4999
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