Elisa Rodrigues/SMT
Conhecido como E-Bus, o veículo não emite poluentes, é silencioso e não trepida. A partir de março, os ônibus a bateria integrarão a frota e transportarão passageiros em uma linha da Zona Sul
A Prefeitura iniciou os testes com um modelo de ônibus movido 100% a bateria, que tem autonomia para trafegar até 250 km diretos com apenas uma recarga de eletricidade feita na garagem. O tempo de autonomia do ônibus movido a bateria representa, em média, cerca de 80% dos percursos diários feitos pelos ônibus urbanos.
O veículo está rodando pelas ruas de São Paulo, ainda com pesos que representam os passageiros de um ônibus lotado. Após os testes, a partir de março de 2014, outros dois ônibus chegarão e passarão a integrar a frota de uma linha ainda a ser definida da Zona Sul.
“O objetivo é testar nas vias de São Paulo o desempenho operacional do ônibus, com detalhes como sua frenagem, por exemplo. Serão colocadas bombas de água, simulando o peso de passageiros e ele percorrerá corredores e faixas exclusivas da cidade”, explicou o superintendente de Engenharia Veicular da SPTrans, João Carlos Fagundes.
Conhecido como E-Bus, o modelo, que é de origem chinesa, conta com 504 células de fosfato de ferro para ser alimentado e não usa qualquer combustível fóssil - tem emissão zero de poluentes. Além disso, o ônibus a bateria ainda tem como vantagens o fato de ser silencioso, rodar sem trancos e não trepidar. Modelos desse tipo são testados em outras grandes cidades do mundo, como Nova Iorque.
“Uma das principais metas da SPTrans é testar e trazer novas tecnologias avançadas para nossa cidade, principalmente para melhorar a qualidade do transporte de passageiros, do ar e a preservação do meio ambiente”, disse Fagundes, que esteve na China em setembro acompanhando a fabricação dos dois ônibus que chegarão a São Paulo.
Outros testes
A Prefeitura vem testando também uma série de novas tecnologias em uma linha de ônibus da capital. Atualmente, 20 veículos da linha 509M – Jardim Miriam/Terminal Princesa Isabel já contam com equipamentos de Wi-Fi livre com internet banda larga, sistema de televisão que exibe notícias e serviços para os usuários e alto-falantes externos e internos, que avisam os passageiros sobre as próximas paradas do coletivo. Além disso, um painel eletrônico instalado dentro dos veículos também informa o itinerário para facilitar o desembarque do passageiro.
Com acessibilidade plena, os “ônibus inteligentes” contam ainda com equipamentos que ajudam o setor operacional do sistema de transporte coletivo, como aparelhos de telemetria, que indicam dados do desempenho do motor, além de câmeras de segurança ligadas a central da SPTrans e sistema de GPS, que permite saber a localização instantânea do veículo e até informar os usuários em painéis nos pontos.
Outro teste está na implantação de uma segunda catraca dentro dos ônibus, ao lado da comum. Atualmente, 73 ônibus de nove linhas das zonas Norte, Sul e Oeste contam com o sistema, que será gradativamente ampliado pela Prefeitura para veículos de maior capacidade como articulados e biarticulados. As pessoas que usam o Bilhete Único e Vale-Transporte podem utilizar a catraca do lado direito, que não tem a necessidade do auxílio do cartão de bordo do cobrador.
Já o equipamento da esquerda fica reservado a quem paga a passagem com dinheiro ou com cartões Idoso e Deficiente, que precisam da validação do cobrador. A implantação d segunda catraca em ônibus tem diminuído em até 38% o tempo de embarque dos usuários dos veículos que contam com o equipamento extra.
Fonte: Prefeitura de São Paulo
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