O índice de solicitações para conserto de elevadores das estações tubo da cidade vem caindo gradualmente neste ano. A média mensal no número de chamadas, que era de 45 em dezembro do ano passado, caiu para 30 em meados deste ano e a previsão é que fique ainda menor até o final do ano. Em setembro e outubro foram 21 chamados em cada mês.
A redução - que chega a 46,6% no número de chamadas, em relação a media do ano passado, veio acompanhada de outra boa novidade: mais da metade dos chamados se deve a pequenos problemas, com consertos que não levam mais que alguns minutos e já não é necessário esperar vários dias por peças que, dada as características exclusivas do equipamento, precisam ser compradas sob encomenda.
Indicativos da melhoria das condições encontradas pelos curitibanos nas 207 estações tubo que contam com elevador, a redução no número de chamados - e no tempo necessário para o conserto - é resultado de mudanças implantadas na Unidade de Manutenção de Transporte da Urbs, no bairro Tingui.
Até o começo do ano, as 12 equipes que atendem as estações tubo cuidavam de todos os itens – portas, vidros internos, borrachas, encaixes, etc. “A partir dos primeiros meses do ano começamos a mudar o sistema, deixando duas das 12 equipes para atender exclusivamente a revisão, manutenção e conserto das plataformas elevatórias”, conta Marcelo Ekermann, coordenador da unidade.
O resultado não demorou a aparecer. “Hoje temos bem menos chamadas e problemas mais simples. Até o vandalismo parece estar menor”, comemora.
Munidas com ordens de serviço e verdadeiras oficinas ambulantes, as 12 equipes saem diariamente para as ruas, priorizando o atendimento dos chamados e fazendo a manutenção preventiva – o que significa verificar peças, sistema elétrico e hidráulico, plataforma, mesmo que tudo esteja funcionando. Das 12, duas cuidam apenas dos elevadores. Com a mudança, as outras dez equipes têm mais tempo para se dedicar à manutenção dos demais itens das estações.
“Estamos falando de equipamentos. E como qualquer equipamento, uma plataforma elevatória também desgasta com o uso e precisa de revisão periódica. É como um carro, ele pode ser novo, bonito, mas se você não fizer revisão, não cuidar, daqui a pouco ele vai dar problema. E pode chegar um dia que mesmo com revisão você vai precisar trocar alguma peça ou até trocar o carro”, compara Luiz Fernando Neske, técnico em automação industrial que atua na manutenção dos elevadores de estações tubo.
Neske, que tem como auxiliar o técnico Jair Jesus dos Santos, mostra-se entusiasmado com as alterações feitas no seu setor neste ano. “Agora a gente tem mais tempo para se dedicar ao assunto. Às vezes você estava arrumando um elevador e surgia um chamado urgente por conta de uma porta de estação tubo que nem sempre pode esperar. Agora é mais tranquilo, a gente sai com todas as peças necessárias, com as ferramentas, tudo o que é preciso para este serviço. Ficou melhor, sem dúvida”, afirma.
Mesmo sem ter os números à mão, ele conta que o número de chamados realmente diminuiu muito. “Quando você faz revisão no tempo certo, é muito difícil dar problema. E quando acontece alguma coisa, é mais fácil e mais rápido para consertar. “Hoje, consertos mesmo, ficam numa média de dois por semana. Na maioria das vezes é conserto rápido”.
Ele lembra que em meados deste mês foi noticiado que uma pessoa com cadeira de rodas não estava conseguindo acesso à estação (Coronel Dulcídio) porque o elevador não funcionava. A Urbs deslocou imediatamente uma equipe que constatou que o problema estava no acionamento do botão de emergência que trava a plataforma. O botão de emergência é um item de segurança obrigatório que, nos elevadores mais antigos ficava ao lado do cobrador.
Para elevadores novos, caso da Estação Coronel Dulcídio, os itens de segurança têm de estar instalados em duplicidade – um ao alcance do cobrador e outro em um painel ao alcance do usuário de cadeira de rodas, ficando mais vulnerável a falhas no manuseio. O sistema é uma proteção ao usuário. Se alguém escorrega, cai ou fica com o pé embaixo da plataforma ela pode ser travada instantaneamente, acionando o botão de emergência.
Laboratório
Uma das principais causas da demora no conserto – a necessidade de encomendar peças, algumas importadas – também foi resolvida. Além de aumentar o estoque de algumas peças mais simples, a área de manutenção passou a contar com um inversor de frequência sobressalente para cada equipe. “Agora, quando dá problema, eu troco a peça e levo a outra para consertar no laboratório, assim o usuário não precisa mais esperar muito. A peça consertada fica como sobressalente para uma próxima necessidade.
O laboratório fica na Unidade de Manutenção de Transporte, no bairro Tingui, e hoje conta com todo o material necessário. Mas as camionetes utilizadas para deslocamento das equipes são verdadeiras oficinas.
Munidos de praticamente todas as peças e ferramentas necessárias, os carros das 12 equipes da manutenção de estações contam com diferentes modelos da mesma peça – de relês e parafusos a injetores e atuadores elétricos – permitindo ter sempre à mão o que for necessário para consertar, por exemplo, plataformas mais antigas, no sistema Fuso, ou as mais modernas, que têm sistema hidráulico.
Fonte: Prefeitura de Curitiba
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