Crédito: Divulgação
Gilson Rei
Mais um passo foi dado para a implantação do sistema BRT (Bus Rapid Transit) - sigla em inglês que significa Trânsito Rápido com Ônibus - no município de Campinas. O secretário de Transportes, Wilson Folgozi de Brito, presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC), protocolou na Caixa Econômica Federal (CEF) nesta segunda-feira, dia 29 de outubro, os documentos técnicos exigidos pelo Ministério das Cidades para dar continuidade ao processo de implantação do sistema em Campinas.
Segundo Folgozi, estes documentos são fundamentais para que haja a assinatura do termo de compromisso, que autoriza a abertura do processo de licitação que vai definir os autores do projeto final e os executores da obra. A expectativa é de assinar o termo de compromisso no próximo mês e dar início ao processo de licitação do projeto final e da execução da obra.
O Plano de Mobilidade Urbana de Campinas, aprovado pelo Ministério das Cidades neste ano, prevê a implantação de corredores de ônibus exclusivos para a operação do Sistema BRT nos eixos Ouro Verde e Campo Grande nos próximos três anos. Portanto, entre 2013 e 2016.
O BRT é um sistema integrado de transporte de ônibus de alta qualidade que realiza mobilidade urbana rápida e eficiente, com um custo inferior em comparação aos demais sistemas existentes. É semelhante ao sistema de Metrô, porém com ônibus articulados e biarticulados que circulam em corredores exclusivos e param em estações práticas e seguras. Funcionará com a integração de diversos fatores e elementos. O tempo reduzido no percurso é o grande diferencial.
Rapidez, eficiência e segurança são obtidas no BRT por meio de uma infraestrutura separada, exclusiva para os ônibus e passageiros. A prioridade de passagem é para os ônibus, garantindo uma operação rápida e frequente. Nas estações haverá um sistema de pré-pagamento de tarifa em bilheterias. A cobrança deixará de ser feita dentro dos ônibus.
Gerenciamento
O BRT contará com sistemas de gerenciamento de uma Central de Controle Operacional, sistemas de tráfego inteligentes dentro dos ônibus, sistemas de localização automática de veículos e serviços de comunicação permanente aos usuários.
Este novo sistema de transporte terá um desempenho eficiente e semelhante aos sistemas de Metrôs, com a vantagem de exigir um investimento bem inferior, tanto na implantação como na manutenção. A implantação é até 20 vezes mais barata em relação ao sistema de VLT. Comparado ao sistema de Metrô, o BRT custa 100 vezes menos.
Os corredores do BRT deverão transportar, a partir de 2014, cerca de 30 mil passageiros por hora em cada sentido; podendo chegar a 40 mil/hora por sentido, nos próximos 30 anos.
Campinas foi contemplada com R$ 295 milhões, vindos do Governo federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC da Mobilidade Urbana). A Prefeitura deverá investir mais R$ 44 milhões como contrapartida.
Corredores:
Corredor Ouro Verde:
14,4 quilômetros de extensão, saindo do Terminal Central (Viaduto Miguel Vicente Cury), seguindo pela João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, Camucim e Terminal Vida Nova.
Custo estimado: R$ 145 milhões.
Melhorias: Reforma do Viaduto Miguel Vicente Cury, basicamente com a implantação de mais uma faixa de rolamento, em cada sentido, na ligação com a Avenida João Jorge. Reforma dos Terminais Central, Ouro Verde e Vida Nova. Implantação de duas estações de transferência ao longo do trecho.
Corredor Campo Grande:
17,8 quilômetros de extensão, saindo do Terminal Multimodal Ramos de Azevedo, seguindo pelo leito desativado do antigo VLT, John Boyd Dunlop e chegando ao Terminal Itajaí.
Custo estimado: R$ 155 milhões.
Melhorias: Construção de terminal ao lado da Terminal Multimodal. Implantação de três estações de transferência ao longo da Avenida John Boyd Dunlop.
Corredor de Interligação Aurocan:
(ligando Campo Grande - Ouro Verde)
4 quilômetros de extensão, no antigo leito do VLT, ligando a Vila Aurocan até o Campos Elíseos.
Custo estimado: R$ 30 milhões.
Fonte: Prefeitura de Campinas
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