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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ônibus do América tem outra penhora

Arquivo
Segundo leilão do veículo está marcado para 14 de abril, no Forum de Rio Preto
Quem imaginava que a penhora do ônibus Volvo
do América, fabricado em 1982 e avaliado
em R$ 20 mil, estava apenas em nome da
Casbo Construção Civil Ltda., se enganou.
Um fornecedor de produtos alimentícios
também recebeu o veículo como garantia de uma
dívida de R$ 11,5 mil. O débito foi contraído
pelo clube em 2005, durante a gestão do
ex-presidente Joacy Antônio Lopes e o
processo é analisado pelo juiz da 7ª Vara Cível,
Luiz Fernando Dal Poz.

O fornecedor supermercado América - localizado
nas proximidades do estádio Teixeirão - ingressou
na 3ª Vara Cível de Rio Preto informando ao
juiz Antônio Roberto Andolfato de Sousa sobre a
prioridade de receber os créditos caso o veículo seja
arrematado no segundo leilão, marcado para 14
de abril, às 14h30, no Fórum de Rio Preto.
“Estamos aguardando a arrematação do ônibus
para habilitar o crédito, tendo em vista a
preferência e a anterioridade da penhora”, afirma Gustavo Zola Peres, advogado do
supermercado.

“Nós conseguimos a penhora do ônibus em 17 de janeiro de 2007, ou seja, em data anterior
à garantia da Casbo, obtida em 26 de novembro de 2007. Isto é, se não aparecer ninguém
com uma penhora anterior”, destacou Peres. “A Justiça pode penhorar um mesmo bem
do devedor em mais de um processo”, diz o advogado.

Peres conta que o América chegou a dever R$ 50 mil ao supermercado, referentes a compra
de alimentos aos jogadores. “O presidente do clube, Alcides Zanirato, fer um acordo
de R$ 20 mil em 20 parcelas de R$ 1 mil cada, mas pagou apenas 11 parcelas”, lamentou
o advogado.

Na segunda-feira foi realizado o primeiro leilão do ônibus em favor da Casbo, que
desde 1996 cobra
uma dívida de R$ 25.682,38 do clube e que segundo o advogado da empresa,
Dionézio Aprígio dos Santos, já está em R$ 100 mil. O primeiro leilão foi encerrado
sem interessados, sendo que no próximo leilão o valor mínimo de arremate será
de 65% do valor da avaliação, ou seja, R$ 13 mil.

Zanirato alega que o ônibus não pode ser penhorado porque o documento do veículo
está em nome
do ex-assessor de imprensa do clube Marcos Ferreira da Silva. O advogado de Ferreira,
José Vinha Filho,
entrou com pedido para cancelar o leilão. Porém, o juiz Andolfato recusou a solicitação
na segunda-feira passada.
O ex-assessor alega que comprou o ônibus em 2006 por R$ 30 mil para ajudar
o Rubro a quitar dívidas com jogadores.

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