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domingo, 22 de setembro de 2019
Ônibus Eletrícos e suas Barreiras
Ônibus Elétricos
As barreiras a serem superadas para que os ônibus elétricos transformem as cidades
Cidades que buscam no ônibus elétrico um aliado em potencial para aliviar o aquecimento global e melhorar a qualidade do ar encontram uma série de barreiras na adoção da tecnologia limpa. Investimento alto, falta de incentivo e informação, modelos de licitação rígidos, além de limitações tecnológicas, retardam a mudança. As dificuldades da transição no setor de transportes são imensas.
Sobram razões para investir em transporte público limpo.Silenciosos e estáveis, os ônibus elétricos poupam os populosos centros urbanos de poluição atmosférica e sonora, e proporcionam deslocamentos mais confortáveis, com menos vibração. Os benefícios ambientais são ainda maiores se a eletricidade que movimenta os motores for proveniente de matriz energética limpa como a do Brasil.
Por aqui, a experiência mais exitosa até o momento tem sido implementada em Campinas, que já concluiu um projeto-piloto e prevê a ampliação do número de ônibus elétricos em operação até 2020. Há casos de sucesso consolidado longe e perto. Principal fabricante de ônibus limpos, a China abriga 99% da frota global, e a cidade de Shenzhen é a primeira do mundo com transporte público 100% elétrico. Fora do país asiático, a maior frota está em Santiago: já são mais de 200 veículos operando na capital chilena.
Barreiras tecnológicas
Ônibus elétricos são uma tecnologia emergente. Falta a muitos tomadores de decisão conhecimento técnico sobre os veículos disponíveis no mercado, a infraestrutura de recarga necessária e os modelos de operação testados ao redor do mundo. A escassez de informação dificulta a tomada de decisões nos vários estágios de implementação: da avaliação do custo-benefício até a transição de um projeto-piloto para uma operação de maior escala.
Outro fator importante é a necessidade de eventuais adaptações operacionais do sistema. Os ônibus elétricos disponíveis cobrem distâncias menores antes de precisarem de recarga, o que pode afetar a disponibilidade operacional dos veículos. Além disso, as baterias podem apresentar queda de performance em certas condições, como em temperaturas muito altas ou muito baixas.
Em algumas cidades, projetos-piloto esbarraram na lentidão de ônibus, então protótipos, ao subir ladeiras, por vezes gerando atrasos. De modo geral, os problemas têm sido solucionados ou atenuados em veículos mais recentes.
Barreiras financeiras
Em muitas cidades, agências de trânsito e empresas operadoras de transporte coletivo têm dificuldade de adaptar os rígidos processos de aquisição à nova tecnologia. Por estarem orientadas ao menor preço e risco, as licitações são incompatíveis com o alto investimento inicial nos ônibus, mais caros que os convencionais, sem contar a necessidade de se construir a estrutura de recarga.
Barreiras institucionais
Faltam políticas públicas que estimulem a adoção de ônibus elétricos, e uma das razões pelas quais isso ocorre é a falta de interesse genuíno e pensamento pragmático das cidades, agências de trânsito e empresas operadoras do transporte coletivo.
As vendas de ônibus elétricos no mundo aumentaram oitenta vezes entre 2011 e 2017.
Fotos de João Manoel da Silva e Virginia Tavares/WRI Brasil.
Fonte: https://wribrasil.org.br/pt/blog/2019/06/barreiras-serem-superadas-para-que-os-onibus-eletricos-transformem-cidades
Diviulgação e Postagem: Equipe Litoralbus
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Ou seja, a presença das catenárias para operar tais veículos é vantagem.
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