Interferência das obras no Parque Primavera é uma das preocupações dos técnicos da administração municipal
Desde o útimo dia 7, o Governo do Estado, por meio da concessionária Ecovias, está construindo, no quilômetro 55 da Via Anchieta, um novo anel viário, ao custo de R$ 330 milhões e que exigirá, entre outras obras, a implantação de seis viadutos e duas rodovias marginais. O empreendimento, que é uma antiga reivindicação do Pólo Indústrial e da Prefeitura, destina-se a eliminar os graves problemas de tráfego provocado pelo gargalo existente no local, por onde passam, anualmente, 35 milhões de veículos em direção a todos os municípios da Baixada Santista. Quais serão os impactos sociais, ambientais e viários de uma obra deste porte, durante sua execução e após ela, na área urbana de Cubatão?
O debate sobre esta questão e a obtenção de informações foi o objetivo da reunião realizada na manhã desta terça-feira, na Prefeitura, entre técnicos da Ecovias e da Administração Municipal. Na primeira parte, houve a apresentação do projeto por Sidney Vilar Rodrigues Filho, engenheiro da Ecovias responsável pelo acompanhamento das obras. Depois, foram analisadas as dúvidas apresentadas pelos técnicos da Prefeitura.
Os principais questionamentos referiram-se ao destino do Parque Primavera, importante área de esporte, lazer e preservação ambiental na entrada da cidade - que será cruzado pelo maior dos viadutos do novo anel viário -, e à ligação entre as avenidas Giusfredo Santini com a terceira pista prevista para a Rodovia D. Domênico Rangoni, que une Cubatão a Guarujá.
Sobre o Parque Primavera, o secretário municipal de Habitação, e coordenador do encontro, Ricardo Cretella, disse que a Prefeitura já está pleiteando e debatendo, com o Governo do Estado, compensações por dois tipos de interferências na área: a ocupação parcial, na fase inicial, por canteiros de obras, e a ocupação permanente de alguns trechos por estruturas de sustentação do maior dos viadutos do anel viário.
A respeito da ligação entre a avenida Giusfredo Santini e a Rodovia D.Domênico Rangoni, o representante da Ecovias revelou que ainda está em fase de análise a busca de uma solução para evitar que haja cruzamento, em nível, dos veículos que saem da área urbanas em direção à Via Anchieta.
O engenheiro Sidney Rodrigues informou, ainda, que o novo anel viário, cuja conclusão estava prevista para fins de 2014, poderá ficar pronto seis meses antes, conforme recente acordo de revisão de prazos firmado entre o Governo do Estado e a Ecovias.
Além de representantes das secretarias municipais de Obras, Habitação, Segurança, Emprego e Desenvolvimento Sustentável, a reunião contou com a participação de membros do Serviço do Atendimento Médico de Urgência -Samu; da Companhia Municipal de Trânsito - CMT e da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Cubatão.
Foto: Alan Nóbrega
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