A comissão de análise da tarifa do transporte coletivo de Curitiba quer ouvir os fabricantes de ônibus. A intenção é ter informações de custos dos veículos que compõem a frota de ônibus, o que inclui os investimentos em novas tecnologias, como é o caso do Hibribus, que entrou em operação em setembro do ano passado. Esse pedido foi feito em mais uma reunião, realizada nesta quinta-feira (11), na qual foram feitas apresentações de dados feitas pela Urbs e pelos sindicatos das empresas de ônibus do transporte coletivo (Setransp) e de motoristas e cobradores (Sindimoc).
Cálculos dos preços do óleo diesel e os cálculos das empresas sobre o peso da mão de obra no custo final do sistema foram os principais pontos do debate desta quinta-feira motivando, inclusive, a decisão de convidar fabricantes de ônibus.
Embora com posições diferentes em relação a vários dados, como por exemplo, o intervalo de duas horas na jornada dos motoristas - que é de seis horas diárias -, Setransp e Sindimoc destacaram a importância da comissão. O empresário Dante Gulin, presidente do Setransp, disse que o custo do transporte também preocupa as empresas operadoras, uma vez que o número de passageiros do transporte coletivo - que é um fator de redução de custos - está diretamente ligado à capacidade da população de absorver o preço da tarifa. “Temos que encontrar uma solução sim, que garanta viabilidade e atratividade ao sistema”, afirmou Gulin.
O presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, historiou algumas das bandeiras da categoria e disse que há momentos, em defesa da classe, em que são tomadas medidas que podem não ser favoráveis à sociedade, como em casos de greve. “Infelizmente, às vezes é necessário. Mas se estamos na Urbs é porque queremos sanar os problemas. Nunca tivemos espaço para conversar abertamente como está acontecendo agora”, afirmou.
A Comissão voltará a se reunir na quinta-feira (18), também no auditório da Urbs, das 9h às 12 horas. “Temos muito trabalho pela frente”, justificou o presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Junior ao fazer a convocação.
Da comissão fazem parte representantes da Promotoria de Justiça da Defesa do Consumidor; Câmara de Vereadores; Dieese; Instituto de Engenharia do Paraná; e secretarias municipais de Planejamento e de Trânsito, além da Urbs.
Também estão convidados e participam das reuniões representantes do Fórum Popular pela Mobilidade, que reúne 23 entidades; os sindicatos de motoristas e cobradores (Sindimoc) e empresas operadoras (Setransp), além da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedu) e Coordenação da Região Metropolitana (Comec).
Fonte: Prefeitura de Curitiba
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