20/06/2012 | 01h32min
Teste do Comde nos ônibus do transporte coletivo de Joinville -
Pena Filho / Agencia RBS
Quase dois anos após a última vistoria que evidenciou
uma série de problemas como o despreparo dos motoristas,
desta vez o sistema funcionou sem problemas
Mariana Pereira | mariana.pereira@an.com.br
O Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comde) realizou na terça-feira pela manhã um novo teste do transporte público coletivo adaptado em Joinville. O objetivo da ação foi verificar se as empresas concessionárias do serviço realizaram as melhorias necessárias para atender à legislação.
E para surpresa dos integrantes do Comde, quase dois anos após a última vistoria, realizada em 2010, que evidenciou uma série de problemas como o despreparo dos motoristas, desta vez o sistema funcionou sem problemas.
O presidente do Comde, Sérgio da Silva, que é cadeirante, pegou quatro ônibus, da zona Sul à zona Norte, passando pelo terminal central, e não encontrou nenhuma dificuldade.
Todos os quatro motoristas souberam operar o elevador, efetuaram corretamente a colocação do cinto de segurança e desembarcaram o passageiro com sucesso. Em média, cada operação de embarque e desembarque durou cerca de quatro minutos, e o serviço foi bem avaliado pelo Comde.
Desta vez, também não houve espera por um ônibus adaptado. Em todos casos, os ônibus que passaram pelos pontos estavam equipados e nenhum motorista se recusou a parar para o cadeirante. Mas, para o arquiteto Mário Cezar da Silveira, especialista em acessibilidade, as empresas ainda precisam "desenvolver uma campanha para que as pessoas com deficiência física, usuárias do transporte Eficiente, sempre que possível façam uso dos ônibus convencional adaptado".
Segundo ele, a falta de informação sobre as linhas e horários ainda afastam muitos deficientes do transporte regular. Outro aspecto a ser melhorado, de acordo com o Comde, diz respeito às calçadas dos pontos de ônibus.
— Meio fios irregulares, falta de espaço para que o cadeirante espere o ônibus e a má qualidade das calçadas também são obstáculos que separam os deficientes do transporte coletivo convencional — diz Mário Cezar.
Em nota, as empresas ressaltaram que, para melhorar o serviço, intensificaram as inspeções diárias nos equipamentos dos ônibus e apostaram também no treinamento dos motoristas, inclusive, com a participação do Comde, que orientou os funcionários. Além disso, ressaltou os investimentos realizados na adaptação da frota. Só a Gidion, desde 2010, adquiriu 46 novos ônibus adaptados. Já a Transtusa comprou 37 novos ônibus equipados com elevadores ou piso baixo.
Fonte: Clicrbs
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