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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Porto Velho - Plano de Mobilidade Urbana vai melhorar sistema de transporte coletivo

Qui, 12 de Dezembro de 2013 17:36

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O Plano de Mobilidade Urbana de Porto Velho (Plamur), entregue ao prefeito Mauro esta semana prevê mudanças significativas no sistema viário e de transportes da capital rondoniense, e também garantirá maior acessibilidade e segurança à pedestres e ciclistas. Elaborado pela empresa Logística, Engenharia e Transportes (Logitran), o objetivo do Plamur é o de orientar as ações de transporte coletivo, individual e não-motorizado a serem conduzidas pela prefeitura, com o objetivo de atender as necessidades atuais e futuras de mobilidade da população de Porto Velho.

   Do ponto de vista das políticas públicas, o prefeito Mauro Nazif afirmou que o plano é o resultado de um conjunto de ações previstas para serem executadas nas áreas de transporte e mobilidade, que visam proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano da cidade, com o intuito de acabar com as segregações espaciais, além de serem medidas socialmente inclusivas e ecologicamente sustentáveis.

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   “O que se pretende é inovar, principalmente no que diz respeito à orientação do modelo de urbanização e circulação na cidade. Queremos é implantar um instrumento que possibilite a construção de uma Porto Velho com maior qualidade de vida, ambientalmente sustentável, socialmente includente e democraticamente gerida. Por isso, o planejamento da mobilidade precisa ser incorporado pela administração municipal para que a população tenha na mobilidade urbana um meio de se atingir o direito à cidade”, explicou o prefeito.

Reestrutura

   Um dos serviços mais criticados pela população, o transporte coletivo será readequado para garantir maior agilidade e segurança nos deslocamentos dos usuários de ônibus. As propostas são à curto, médio e longo prazos com ações que vão desde a construção de terminais de integração, pontos de parada até a implantação de mais faixas exclusivas e/ou preferenciais, os chamados corredores de ônibus,  aumento da frota e diminuição na quilometragem e no tempo a ser percorrido.

   A proposta é implantar linhas com itinerários mais eficientes que obedeça aos desejos de viagens resultantes das pesquisas de origem e destino, levando o usuário há ter um tempo gasto em viagem menor do que o encontrado no sistema atual. Haverá ainda a readequação da oferta de viagem que será feita de acordo com a linha, para que o nível de ocupação médio dos veículos seja dimensionado para no máximo 90% da lotação total.

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   É previsão também que ocorra uma diminuição tanto no tempo médio de espera como também na redução do tempo de deslocamento por usuário. Para isso há a necessidade da readequação da tipologia da frota e reduzir os intervalos inferiores a 30 minutos em 92,1% das linhas com a reformulação dos itinerários para melhorar o serviço de transporte urbano na cidade. A readequação reduzirá o percurso médio percorridos pelos ônibus para 937,68 quilômetros/mês. Hoje é de 999,64 quilômetros/mês. Para aferir esse resultado é levado em conta Tempo Generalizado ou Tempo Médio de viagem que engloba, o tempo de caminhada do usuário, tempo de espera, tempo de viagem, tempo de caminhada, tarifa (transformada em tempo) e transbordo (desconforto medido em tempo).

   A melhoria da frota também foi alvo do estudo. Atualmente existem 52 linhas de ônibus em operação em Porto Velho, 28 operadas pela empresa Três Marias e 24 pela Rio Madeira. Essas linhas são atendidas por uma frota de 168 veículos, sendo 84 ônibus por empresa. Os estudos da Logitrans apontam que para atender a demanda, a frota ideal é de 210 veículos com a utilização de duas tipologias de veículos: micro-ônibus para o transporte entre 10 a 20 passageiros sentados e ônibus padrão para no mínimo 80 passageiros. Nos dois casos, os veículos terão que ter espaço reservado para cadeirantes ou cão guia.

Corredores de ônibus

   Outra mudança significativa será com relação aos corredores exclusivos para ônibus. Atualmente, dentro do sistema de transporte coletivo da cidade existe aproximadamente 1,1 km de faixa exclusiva, implantada na avenida. 7 de Setembro, no Centro. No Plamur, o número de faixas exclusivas será seis vezes maior do que o atual, o que representará um aumento de 17 vezes a extensão de faixas para ônibus. A implantação dos corredores será nas sete vias mais movimentadas da cidade.

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   Na Rogério Weber, entre a Rua João Alfredo e avenida D. Pedro II, serão 1,20 Km; na 07 de Setembro, entre as avenidas Farquar e Jorge Teixeira, serão 2,55 Km; na D. Pedro II, entre as avenidas Farquar e Jorge Teixeira, serão mais 2,55 Km; na avenida Campos Sales, entre a D. Pedro II e a Almirante Barroso, serão 50 metros; na Almirante Barroso, entre Campos Sales e Nações Unidas, 75 metros; na Nações Unidade, entre Campos Sales e Nações Unidas, 1,30 quilômetros. O mais extenso corredor de ônibus será o da Avenida Rio de Janeiro, que terá 9,02 quilômetros, delimitado pelas avenidas Jorge Teixeira e Mamoré.

   Com essa intervenção será possível melhorar o tempo de viagem da linhas, com o aumento da velocidade média para se fazer o percursos, tornando o sistema de transporte urbano mais atrativo face aos sistemas privados. A implantação de vias prioritárias é apontada como alternativa para os eixos com mais de 20 viagens no horário pico, ou seja, vias por onde circulam um ônibus a cada três minutos.

Terminais de integração

   Outro sistema que será melhorado com o Plano de Mobilidade Urbana será o de integração entre as linhas. O levantamento feito pela Logitran revelou que o atual sistema é pouco eficiente sem muita utilidade prática. Para melhorar o sistema o plano prevê a implantação três terminais de integração na cidade. Um será no Centro, na Avenida João Alfredo; outro, no 04 de Janeiro, na Avenida Calama; e o terceiro, no JK, na Avenida Mamoré com a Rio de Janeiro.

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   De acordo com Antônio Carlos Marchezetti, consultor da Logitrans, a integração temporal possibilita ao usuário realizar transferências entre diferentes linhas do sistema em um determinado período de tempo, transbordo que pode ser feito em qualquer ponto do sistema. Outra vantagem, é que o sistema utilizará o modelo misto tronco-alimentadores e serviços diretos e também veículos menores em áreas de baixa densidade e veículos maiores nos corredores localizados nas área de alta densidade demográfica.

   Com isso, o próprio sistema terá a capacidade de adequar a demanda e a oferta, em função das características da área a ser atendida, garantir mais uma maior frequências nas viagens alimentadoras e troncais, e o aumento da velocidade com implantação de faixas exclusivas.

Fonte: Prefeitura de Porto Velho
Por Joel Elias | Fotos: Arquivo Comdecom

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