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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

PLANO DE COMPRA PROPÕE A VOLTA DA ENCARROÇADORA BUSSCAR

PLANO DE COMPRA PROPÕE A VOLTA DA ENCARROÇADORA BUSSCAR

Seria um recomeço? Um “ressurgir das cinzas”? Um fundo de investimentos, com sede em São Paulo e o Sindicato de Mecânicos de Joinville (SC) estariam dispostos a reativar as atividades da encarroçadora Busscar. Eles estão preparando um documento para propor a compra das instalações fabris da empresa catarinense. O modelo jurídico é o de adjudicação aos ex-trabalhadores, o que significa que eles passariam a deter uma parcela minoritária do controle, tendo cadeira cativa num futuro conselho de administração.

O escritório Sá & Lima entraria com um investimento de 120 milhões inicialmente, a medida que a produção aumentasse, outra quantia desse valor seria investida. A produção será no princípio de 1400 ônibus já a partir de 2017 e o retorno dos investimentos é previsto para acontecer em até sete anos. A empresa voltaria a funcionar com cerca de mil trabalhadores. Os primeiros produtos a serem fabricados seriam os DD’s (Double Deck).

Mas apesar da expectativa, vários fatores precisam ser melhorados para que o otimismo vire realidade. A situção econômica do Brasil não favorece, além da produção de ônibus no país baixou muito. Além disso, vários bens da Busscar foram postos em leilão, onde esse grupo de investidores precisaria arrematar os processos. Alguns economistas falam que o processo de recessão da economia brasileira, estaria para terminar no ano de 2017, data em que a encarroçadora voltaria a produzir.

Ainda assim, não só com olhar de busólogo, os investidores também não diminuem o interesse em rever um Busscar novinho nas ruas. Isso ocorre por conta da gigante força da marca, que mesmo fora do mercado desde 2012, ainda ecoa no meio do transporte público. Motoristas elogiam os produtos, que ainda são muitos nas ruas. Até mesmo os usuários, lembram da qualidade dos veículos produzidos pela encarroçadora catarinense.

ENTENDA O CASO:

Depois de um desgastante processo judicial que decretou a falência da empresa em 2012, os ex-funcionários passaram a serem credores da encarroçadora. Mesmo com várias tentativas junto a justiça para recuperá-la, não houve jeito. Com a falência da principal empresa do grupo Busscar, todas as empresas que restaram como a Climabuss, que produzia ar condicionados para ônibus, também faliram.

São várias as audiências até hoje sobre o assunto em Joinville, o Sindicato de trabalhadores da cidade e os antigos credores da família “Nielson”, nome antigo da fábrica, travaram batalhas até o momento atual. Sem produzir desde 2012, a Busscar detinha o segundo lugar de mercado na produção de carroceria de ônibus, em todos os seguimentos do transporte.

O RECIFE E OS ÔNIBUS DA CARROCERIA

Na nossa cidade, a Busscar sempre foi prestigiada pelos empresários do ramo do transporte. Ainda hoje estamos órfãos de uma carroceria a altura da qualidade dos produtos dela. No transporte urbano, são poucas as empresas que não tiveram os modelos  Urbanuss e Urbanuss Pluss, que ainda circulam na capital pernambucana.

No seguimento rodoviário, a principal empresa do ramo e seu grupo era a maior compradora da Busscar em Pernambuco, talvez uma das maiores do Nordeste. A Progresso, já teve a maioria dos modelos rodoviários da carroceria, tendo hoje, apenas uma parcela que já foi de 100% da empresa pernambucana. Agora é esperar para ver os novos rumos que essa história está para nos contar.









Fotos:

1-Modelo Panorâmico DD da Busscar. Foto: Rafael Fernandes
2-Modelo Panorâmico DD da empresa RealBus. Foto: João Peterson
3-Modelo Panorâmico DD da Busscar. Foto: Rafael Fernandes
4-Modelo Jum Buss 360 da Busscar. Foto: Empresa Progresso
5-Busscar Urbanuss da Caxangá. Foto: Rafael Fernandes.
6-Jumbuss vindo da fábrica para a Progresso. Foto: Alessandro de Bem Barros.



Postagem: João Manoel da Silva
Equipe Litoralbus

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