O prefeito Eduardo Paes realizou na manhã deste domingo (26/01) uma vistoria no Elevado da Perimetral, no trecho entre a Avenida General Justo (Aterro do Flamengo) e a Praça Mauá, acompanhando o primeiro dia de interdição total da via. Ele também visitou o trecho já implodido na Avenida Rodrigues Alves. Às 22h de sábado (25/01) o elevado foi fechado ao tráfego definitivamente, para facilitar uma nova fase no processo de revitalização da Região Portuária e da implantação do novo sistema de mobilidade urbana, com o avanço das obras dos túneis da Via Expressa, hoje com 537,2 metros escavados.
Acompanhado do secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osorio, e do diretor-presidente da Concessionária Porto Novo S/A, José Renato Ponte, o prefeito falou sobre a importância dessa operação:
- Aqui não é só o início da história do Rio de Janeiro, aqui é o início da história do Brasil. Tem o Chafariz do Mestre Valentim, a primeira Catedral, o Paço Imperial, o Museu Histórico Nacional – antigo Museu de Guerra, de frente para a baía. Não podemos cortar essa relação da cidade com o mar. O que fazemos aqui é resgatar um pouco da história do país. Mas é óbvio que tudo isso vai trazer transtornos. Amanhã já vai ter muita coisa mudada no Centro da cidade. É preciso que as pessoas fiquem atentas.
As mudanças para esta fase acontecerão em etapas, iniciadas na última sexta-feira (24/01) com a proibição de estacionamento em diversas ruas do Centro, gerando a redução de mil vagas. Já a partir deste domingo, ruas e avenidas do Centro e da Lapa terão seus sentidos invertidos. A Rua Uruguaiana terá a mão invertida, entre Rua Acre e Rua Buenos Aires; a Avenida República do Paraguai terá as duas pistas no sentido Lapa; a Rua Teixeira de Freitas, entre Avenida República do Paraguai e Avenida Augusto Severo, ficará no sentido Beira-Mar; a Rua do Passeio terá a mão invertida, entre as ruas Luiz de Vasconcelos e Teixeira de Freitas; a Rua Mestre Valentim terá a mão invertida, entre Rua Teixeira de Freitas e Rua Luiz de Vasconcelos; e a Avenida Marechal Floriano trabalhará em regime de mão dupla em toda sua extensão.
A partir de sábado, 1º de fevereiro, a Avenida Rio Branco, entre a Praça Mauá e a Avenida Presidente Vargas, passará a operar apenas sentido Praça Mauá. No dia 8 de fevereiro, o Mergulhão da Praça XV também será fechado e a circulação de carros particulares na Avenida Rio Branco será proibida a partir da Av. Presidente Vargas até a Beira-Mar, transformando-se numa via de mão-dupla exclusiva para táxis e ônibus com ligação direta ao Aterro do Flamengo e a Presidente Vargas, nos dois sentidos.
Buscando o mesmo sucesso da operação na primeira fase, que contou com muita colaboração da população, o prefeito reforçou o apelo:
- Nosso pedido para a população é que as pessoas continuem buscando evitar vir de carro para o Rio de Janeiro, que utilizem o transporte público e façam carona solidária. Aos que vierem mesmo, que fiquem atentos às mudanças que estamos promovendo. Quem vem de ônibus também precisa estar atento às mudanças de linhas e de itinerários. Serão dias difíceis e muito complicados. Mas, pra gente ter esse espaço devolvido à cidade, esse transtorno se faz necessário. A primeira fase só foi possível com a colaboração da população e esperamos que façam o mesmo agora, para garantir o sucesso da operação – desejou.
Nesta nova fase, a operação compreenderá a retirada de 1.689 metros do elevado, entre a Rua Visconde de Inhaúma e o III Comar, na altura da Praça XV, próximo à entrada do Aterro do Flamengo. Diferentemente da primeira fase, a metodologia aplicada desta vez será demolição e desmonte, ao invés de implosão, pela proximidade do viaduto aos edifícios vizinhos. Os trabalhos se dividem em cinco frentes de obras: Avenida Presidente Vargas, Bolsa de Valores, Praça XV, na altura do restaurante Albamar, e na rampa do Elevado da Perimetral da Avenida General Justo.
O esquema especial de trânsito contará com a participação de 800 homens (entre guardas municipais, controladores de trânsito da CET-Rio e operadores da Porto Novo), 40 viaturas e 56 motocicletas que trabalharão para manter a fluidez, ordenar os cruzamentos, orientar os desvios e efetuar bloqueios necessários. Também serão utilizados 44 painéis de mensagens variáveis móveis e 10 (dez) painéis fixos que passarão orientações aos motoristas, informando sobre os bloqueios e as rotas a serem utilizadas, além das condições do tráfego.
O Centro de Operações Rio (COR) fará o monitoramento de toda a região impactada, permitindo que técnicos da CET-Rio implantem ajustes na programação dos semáforos em função das condições do trânsito em cada momento.
O secretário de Transportes explicou que os transtornos são inevitáveis, mas que a Prefeitura do Rio está preparada para a operação:
- Todo esse transtorno a gente vai tentar minimizar, mas não dá pra acabar com ele. Qualquer operação de trânsito, qualquer alteração viária, mexe com a rotina do motorista e, quando isso acontece, por melhor que esteja a sinalização, por mais agentes que se tenha no local, é natural um estranhamento, uma redução da velocidade e uma certa dúvida. Isso até haver um costume. Sabemos que, principalmente nos primeiros dias, não será fácil. Mas estamos preparados e iremos fazer as adequações necessárias ao longo dos dias, caso precise – destacou Osorio.
A Secretaria de Ordem Pública (Seop) também atuará com reboques baseados em pontos estratégicos e circulando na área de abrangência da ocorrência com a finalidade de reprimir o estacionamento irregular e garantir a fluidez do tráfego. Os veículos estacionados irregularmente serão removidos para os depósitos públicos municipais. Além disso, 15 reboques serão posicionados no entorno para desobstrução das vias em caso de enguiço ou acidente de algum veículo.
Fonte: Prefeitura do Rio de Janeiro
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