A partir do ano que vem, São Paulo terá 6,5 mil abrigos e
14 mil totens de ônibus com design futurista, informações sobre o tempo
de espera dos ônibus e iluminação. O jornal O Estado de S. Paulo teve
acesso exclusivo aos protótipos instalados no Pavilhão de Exposições do
Anhembi e verificou que um deles oferece até um painel touchscreen. O
custo estimado de instalação é de R$ 550 milhões. A SPObras está tocando
a licitação.
A troca dos abrigos e totens faz parte da segunda fase da Cidade
Limpa - que também inclui publicidade em relógios. O consórcio que
vencer a licitação deverá instalar os pontos e fazer a manutenção. Em
troca, poderá explorar a publicidade nas paradas de ônibus.
Em comum, todos os novos pontos apostam em transparências e espaços
para anúncios luminosos. Além da informação sobre o tempo de espera dos
ônibus e os bancos, é obrigatório que haja total acessibilidade, com
piso tátil e informações em braile. Parece filme de ficção científica se
comparado aos 14 modelos existentes atualmente na cidade, alguns com
mais de 20 anos, de concreto, da época da já extinta Companhia Municipal
de Transportes Coletivos (CMTC).
Nesta quinta-feira, acontecerá mais uma etapa da licitação, com a
exposição dos modelos à comissão de licitação e ao grupo técnico. Os
consórcios que disputam o monopólio de 25 anos da publicidade nos
abrigos são o Pra SP, formado pelas empresas Odebrecht, Kalítera e Rádio
e Televisão Bandeirantes (MG), e o Os Abrigos de São Paulo, do grupo
francês JCDecaux. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
O consórcio Pra SP tem modelos desenhados pelo arquiteto Guto Índio
da Costa. São cinco modelos, todos hi-tech, com espaço para anúncio
digital. Um deles tem até um grande painel com o qual os passageiros
poderão interagir. Além disso, há uma versão sem banco, para calçadas
mais estreitas. O grupo Os Abrigos de São Paulo apresentou dois modelos.
Um deles do arquiteto Ruy Ohtake e o outro de Carlos Bratke. Ambos
apostam em formas leves e arredondadas, também com painel eletrônico.
Lucro
De acordo com o prefeito Gilberto Kassab (PSD), a cidade não gastará
nada e ainda vai lucrar em impostos com o modelo. "Com aquela
publicidade visual, a cidade arrecadava 6 milhões por ano (equivalente a
R$ 15 milhões). Agora, vamos arrecadar em torno de 100 milhões por ano
(equivalente a R$ 264 milhões)."
A São Paulo Transportes (SPTrans) deve escolher onde serão colocados
os abrigos e totens. A medida visa evitar que a empresa vencedora da
licitação queira apenas colocar abrigos nos locais onde os anúncios
tenham maior valor de mercado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Fotos: JF Diorio/Agência Estado
Texto: Artur Rodrigues/Agencia Estado
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