Carrocerias de Ônibus em 2011
Se entre os fabricantes de chassis para ônibus o ano de 2011
apresentou uma ligeira disputa entre as duas principais marcas,
revelando aumento das vendas entre as empresas que compõem
o segundo pelotão, no mercado de carrocerias não dá para ver tamanha concorrência pela ponta da tabela. A Marcopolo manteve o
primeiro lugar com folgas em relação à segunda colocada, a Caio, no
que diz respeito à fabricação total, de acordo com os números divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus).
Mas, para dar tempero a essa disputa, é necessário classificar
o mercado das carrocerias. A encarroçadora gaúcha mantém
boa liderança quando se fala em ônibus rodoviários. A Marcopolo
fechou 2011 com 4.594 unidades produzidas, contra 1.153 da segunda colocada, a Comil, que celebrou o aumento de 27% nas vendas em relação a 2010. Os modelos Campione mostram sinais de confiabilidade, o que talvez justifique esse bom volume de vendas.
Voltando à disputa, no segmento de ônibus urbanos, a paulista Caio Induscar se manteve na frente, com quase 8.900 unidades fabricadas, enquanto, neste nicho, a Marcopolo teve uma produção de pouco mais de 7.100 carrocerias ao longo do ano. Já a briga pela terceira colocação é bem interessante. A Comil, que fechou 2010 na quarta posição, tomou o lugar que pertencia a Neobus. Foram 4.118
carrocerias produzidas. Mesmo com a explosão dos mega BRT
e BRS, a Neobus terminou o ano com queda, em comparação ao
mesmo período de 2010, com 3.863 carrocerias. No entanto, a Neobus promete uma resposta rápida ao mercado.
A parceria firmada com a gigante americana Navistar, assim como
o anúncio da nova fábrica em Três Rios, no Rio de Janeiro, são os trunfos para melhorar sua participação.
As demais encarroçadoras também apresentaram ligeiro aumento na produção das carrocerias. A Irizar saltou de 589 para 705 ônibus, e a paranaense Mascarello passou de 2.457 unidades para 2.600, tendo como principal característica fornecer produtos para cinco segmentos: urbano, rodoviário, intermunicipal, micro e miniônibus. A produção mais uma vez é recorde, e vale observar que, do total de 35.531 carrocerias fabricadas, aproximadamente 4 mil foram destinadas ao mercado internacional.
Por Renato Siqueira (Revista Ônibus nº 66)
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