Novos ônibus são como o Azulão, mas vão parar em todos os pontos
A partir de amanhã, toda a frota de 26 ônibus da linha Centenário – Campo Comprido (eixo Leste-Oeste) será substuída por novos ônibus biarticulados. Com 28 metros de comprimento, capacidade para 250 passageiros, os novos veículos se assemelham ao ligeirão azul, o Azulão, adotado no itinerário Boqueirão e Linha Verde, mas mantém a cor vermelha porque param em todas as estações-tubo do percurso, que atende cerca de cem mil pessoas diariamente.
Para os “novos expressos” – como a prefeitura batizou o veículo – rodarem sem percalços na canaleta, a prefeitura alargou dois trechos sinuosos para evitar possíveis acidentes: um dos acessos do Terminal do Capão da Imbuia e uma curva aos fundos do mercado Carrefour, no Mossunguê. “Mesmo mantendo as articulações, o entre-eixos ficou 2 metros maior. Com isso, há um novo raio de giro e, para não ter absolutamente nenhum risco, corrigimos algumas curvas”, explica o gestor de Operação do Transporte Coletivo da Urbs, Luiz Filla. O custo dos veículos é de R$ 26 milhões.
Linha do tempo
Veja a evolução do sistema de transporte rápido em Curitiba:
1974 – O expresso não tinha articulações e circulava apenas pelas canaletas do eixo Norte-Sul, que liga o Santa Cândida ao Pinheirinho. Os veículos se assemelhavam aos de linha tradicionais, com capacidade para até 80 pessoas. Ainda não havia estações-tubo e, portanto, o embarque era feito a partir do chão.
1977 – Três anos mais tarde, os ônibus articulados começam a circular, carregando em média 150 pessoas. Nos 15 anos seguintes, houve mobilização da administração municipal para trocar todos os veículos comuns pelos articulados. Em 2008, os articulados da linha Circular Sul receberam extensão de 2 metros, saindo de 18 para 20 metros.
1992 – Os biarticulados, que se tornaram a marca registrada de Curitiba, passam a circular nas canaletas. Com 24,5 metros, os ônibus transportavam entre 170 e 230 pessoas. Com o ligeirão azul e o “novo expresso”, o comprimento aumentou para 28 metros, com capacidade para até 250 passageiros. Todos os embarques são feitos em nível, por meio das estações-tubo.
O tamanho do ônibus também obrigou a uma expansão da Estação Eufrásio Correia. O espaço recebeu mais dez metros de estrutura (ampliando de 52 para 62 metros) para abrigar o veículo. Nos horários de pico, o intervalo entre os ônibus do eixo serão de 4,5 minutos. Para manter o conforto e a agilidade, alguns reforços serão distribuídos nos pontos centrais da linha. “Somos obrigados a fazer essa adaptação em função da concentração de universidades no lado oeste da cidade, o que leva muitos estudantes a seguirem nesse trajeto”, esclarece Filla.
Além de mais extensos, os novos ônibus têm dez centímetros a mais na largura para facilitar a circulação interna de passageiros, permitindo a instalação de bancos mais largos e espaços diferenciados para cadeirantes. A abertura e o fechamento da porta são precedidos por avisos sonoros e luminosos, facilitando o entendimento de passageiros portadores de limitações auditivas.
Diretriz
Com base na licitação do transporte coletivo, os ônibus da capital têm vida útil de dez anos. A partir de agora, a prefeitura tem como diretriz a troca dos ônibus antigos pelo “novo expresso”, ampliando a capacidade do transporte de cada carro. Contudo, o objetivo principal é permitir a implantação do ligeirão por meio de ultrapassagem nos eixos ainda não implantados. O trecho do Terminal Santa Cândida à Praça do Japão (eixo Norte-Sul) está em processo licitatório. Após essa obra, o eixo Leste-Oeste deve ter as canaletas desalinhadas para permitir a passagem do Azulão.
Fonte: Gazeta do Povo
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