sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Iate Shambhala é vendido em um minuto nesta quinta

Leilão

Samuel Rodrigues


Um minuto. Foi quanto demorou o leilão do iate Shambhala, realizado nesta quinta, na Alfândega do Porto de Santos. Havia cinco interessados no horário marcado, mas apenas um deu lance: o preço mínimo, R$ 3,5 milhões. O único da manhã, valendo o sorriso de um milionário de São Paulo, longe daquela sala do prédio da Aduana, no Centro de Santos. 
“Ele está muito satisfeito com a compra, superfeliz mesmo”, disse José Carlos Nader, representante do comprador misterioso. Nader afirmou ser amigo da família e participar de leilões em nome desta pessoa, que já tem outros barcos e muito dinheiro. Sobre a embarcação, explicou que, ao contrário do que se pensa, ela está pronta para ganhar o mar. 

Não foi a primeira vez que a Aduana tentou leiloar o Shambhala. Houve um certame marcado para junho passado, cancelado por decisão judicial, pois o antigo dono do iate, a empresa Breckland Management Services Ltd., com sede no Reino Unido, tentou reaver o bem. Na época, o lance mínimo era de R$ 4,9 milhões – valor R$ 1,4 milhão maior que o do arremate desta quinta. 

Nesta quinta, na sala de leilões, parecia haver um acordo tácito entre os participantes para que ninguém tentasse arrematar o barco, pois dessa forma a Aduana teria que reavaliar o preço para uma venda posterior. Se este conluio de fato chegou a existir, foi quebrado em menos de 60 segundos. 
O iate foi apreendido pela Alfândega em meados do ano passado, sob a acusação de fraude na importação. É uma embarcação de 28 metros de comprimento, com capacidade para 17 pessoas em pernoite, sendo quatro tripulantes. Construída pelo estaleiro santista MCP Yatchs em 2005 e entregue em 2006, ela foi vendida, na época, a um cliente europeu. Atualmente, está no Iate Clube de Santos, em Guarujá. 
O último dono registrado da embarcação foi “uma empresa estrangeira”, como explicou o advogado da Breckland, Jefferson Douglas, enviado ao certame para obter a ata do processo. Ele garante que o iate vale R$ 16 milhões e tentará reverter a compra na Controladoria Geral da União (CGU). “Se nos autuaram dizendo que vale R$ 16 milhões, como podem vender a este preço ínimo?”, indagou. 
Douglas questionou também o motivo apontado para apreensão do Shambhala. “Estava tudo correto (na documentação de importação)”. 
O comprador terá que depositar a quantia em juízo até esta sexta. “O motivo é que houve um litígio entre a União Federal e a empresa proprietária. O juiz liberou o leilão, mas o dinheiro precisa ser depositado em juízo”, explicou o presidente da comissão do leilão, o fiscal da Receita Federal Pascoal Roberto Veneroso. 
A mercadoria não poderá ser comercializada ou industrializada após a compra. O novo proprietário terá que arcar com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) de 25%, o que acrescerá o custo em R$875mil.


Créditos: Rogério Soares Créditos: Rogério Soares Créditos: Rogério Soares Créditos: Rogério Soares Créditos: Rogério Soares

Fonte:   http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=120958&idDepartamento=10&idCategoria=0

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Postagem de João Manoel (Equipe Litoralbus)



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