Circulando pelas ruas de Muriaé há pouco mais de um mês, os novos ônibus da empresa Coletivos Muriaeenses, tem agradado a população. Mas também trouxe dor de cabeça para muitos passageiros, já que a população ainda não se acostumou com as mudanças.
Nos ônibus antigos, os passageiros entravam pela porta de trás e saíam pela porta da frente. Agora tudo mudou. As pessoas entram pela porta da frente e saem pela porta de trás. No início foi uma confusão só, mesmo com anúncios em rádios e jornais explicando tudo, os passageiros estavam sempre se confundido. Passado quase um mês, a mudança ainda causa alguns transtornos. Em cidades como Juiz de Fora e Belo Horizonte quando houve a implantação do sistema de bilhetagem eletrônica que alterou o modo de embarque e desembarque dos passageiros, além da propaganda maciça, os novos ônibus vinham com tarjas indicativas com aviso “Entrada pela porta da frente” para orientar melhor os usuários. Em Muriaé, isso não ocorreu. Assim como o processo de mudança nessas cidades, os ônibus antigos permanecem em circulação o que aumenta a desorientação dos passageiros. Os passageiros maiores de 65 anos, por exemplo, não tiveram problemas algum para de adaptação do novo sistema, pois já entravam pela porta da frente nos antigos ônibus. “Eu vejo muita gente se confundindo ainda, porque os ônibus novos, já vieram adaptados com a roleta na parte da frente, e os mais antigos, precisaram ser adaptados, isto gerou uma confusão tremendo, mas com o tempo, as pessoas estão se acostumando”, esclarece o diretor da empresa João Fiscal. Mas não é somente esta mudança de entrada e saída dos veículos, a causa da reclamação dos usuários do transporte público em Muriaé. Uma das grandes reclamações da população é que, apesar da aquisição de novos carros, os horários das linhas não foram ampliados. Quem precisa ir para os bairros mais periféricos da cidade amarga uma espera que pode durar até uma hora. Certas linhas passam de 40 em 40 minutos, mas com atrasos freqüentes, o tempo de espera fica ainda maior. A manicure Ana Helena Rodrigues, mora no bairro Santa Terezinha, trabalha no Centro e precisa ir e vir par seu trabalho de ônibus. “Eu ando no ônibus Patrimônio São José, e tem dias que eu sofro, esperando aqui no ponto. Tem dias que eu fico esperando ele passar aqui no ponto quase uma hora, e tem dias que eu estou morta de cansaço, e tenho que ficar esperando”, reclama Ana. A estudante universitária Daniela Gomes de Souza, mora no João XXIII e trabalha no Centro, sempre vem para o serviço de ônibus, muitas vezes, chega atrasada por causa dos atrasos no horário dos carros. “O horário de almoço é o pior, tenho duas horas de almoço, mas com a demora dos ônibus, costumo fazer uma hora ou menos de almoço, porque quando chego em casa, já esta na hora de voltar para o trabalho. É muito demorado entre um ônibus e outro, era necessário ter mais ônibus na cidade, os que tem não estão sendo suficientes, foi anunciado que a empresa responsável tinha adquirido 10 novos ônibus, eles estão na rua, então porque ainda falta ônibus?” questiona a estudante. O diretor do Coletivos Muriaeense, João Fiscal, explica que realmente foram adquiridos 10 novos ônibus, mas que eles foram comprados para substituir os mais antigos, que estavam sempre dando problemas. “Não são dez ônibus a mais nas ruas, e sim dez ônibus novos, que adquirimos recentemente. Os veículos antigos, foram substituídos por estes novos. Eu entendo as reclamações dos passageiros, mas por enquanto, não temos condições de adquirir mais ônibus para a nossa frota, então pedimos a população para ter um pouco mais de calma”, justifica o diretor. Resta saber até quando a população suportará essa situação.Fonte: Jornal de Muriaé On Line
http://www.jornaldemuriae.com.br/noticias/noticia.php?id=3731
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