sexta-feira, 3 de junho de 2011

Greve é encerrada e ônibus voltam a circular



Diário do Grande ABC, 03/06/2011

Assembleia realizada na manhã desta sexta-feira entre motoristas e cobradores de ônibus do Grande ABC oficializou o encerramento da greve deflagrada pela categoria à 0h de quarta, por reajuste salarial de 15%. Os ônibus já voltaram a circular e a situação deve ser normalizada ao longo do dia.
Durante a assembleia, a diretoria do Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC decidiu que nenhum dos motoristas que cruzaram os braços sofrerá desconto dos dias não trabalhados.

O julgamento da paralisação  ocorrerá às 13h no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), na Capital, pelo desembargador Celso Furtado de Oliveira. A partir de agora, cabe a ele decidir quanto os trabalhadores receberão de reajuste, uma vez que ontem foi rejeitada proposta de 7,8% de aumento feita pela juíza Sônia Franzini.

O presidente do sindicato, Francisco Mendes da Silva, o Chicão, descartou nova paralisação. "A juíza já deu permissão para que os empresários contratem novos profissionais, além da punição por falta grave caso os profissionais não voltem ao trabalho. Portanto, acredito que não haverá mais problemas."

Nesta manhã, muitos veículos já circulam normalmente. Os primeiros ônibus começaram a sair da garagem da Viação Leblon, em Mauá, por volta das 9h. Em Santo André, há coletivos da União Santo André e viações São Camilo e Urbana. Ônibus da SBC Trans e Viação Urubupungá também estão nas ruas de São Bernardo. 

Moradora do Jardim Independência, em São Bernardo, a dona de casa Ana Paula Antonieli, 21 anos, comemorou o encerramento da greve. Ela mora no Jardim Independência e teria de cancelar a consulta do filho no médico, marcada desde abril no Riacho Grande, caso a paralisação continuasse. "Acordei cedo para ouvir as notícias no rádio. Tive sorte que voltou", diz. 

Manhã de sofrimento — Com poucos ônibus em circulação, moradores ainda enfrentaram transtornos no início da manhã. A enfermeira Vanessa Silva, 23 anos, mora no Alto da Boa Vista, em Mauá, e caminhou por 30 minutos até a estação da CPTM, de onde partiu para Santo André. Por volta das 6h30 desta sexta-feira, ela aguardava em frente à estação por uma amiga que a levaria de carro até São Bernardo. Sem trem, ontem ela não conseguiu trabalhar.
Luzinete Maria da Silva, 46 anos, andou por cerca de uma hora até o terminal da Vila Luzita, em Santo André, com a esperança de encontrar um ônibus. Ela trabalha como auxiliar de limpeza no Parque Jaçatuba e ontem pagou R$ 5 para ser levada por uma van até o Centro, mas não teve reembolso da empresa. "Se não passar ônibus, não vou trabalhar hoje", afirmou. No terminal, era grande a movimentação de pessoas à espera de um coletivo.

Em São Bernardo, Maria Regina Silvério, 55 anos, faz curso de culinária no DER e, desde quarta-feira, gasta uma hora de caminhada do Jardim Farina até lá. Ela conta que não tem condições de pagar R$ 3 para ser transportada por uma lotação clandestina.
CPTM — Os trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) operam normalmente, com intervalo de cinco a sete minutos entre as composições. Ontem, cerca de 2,4 milhões de pessoas foram prejudicadas pela paralisação dos ferroviários.

O início das operações ocorreu às 4h e, segundo a assessoria da CPTM, o serviço em todas as 89 estações das seis linhas estão normalizados.

Já o Sindicato dos Metroviários de São Paulo aceitou ontem a proposta de aumento salarial do Metrô e desistiu de deflagrar greve hoje. A decisão foi tomada em assembleia na noite de ontem. A companhia propôs reajuste salarial de 8% e aumento no valor do vale alimentação. No início das negociações, os funcionários pediam reajuste de 10,79%, mas, ao final, reivindicavam 8,5%. (Com informações de Bruna Gonçalves, Camila Brunelli, Fábio Munhoz e Henrique Munhos)
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 Imagens:
Rede Globo/SP

Fonte:




A ética em primeiro lugar! 
Fotografias de livre circulação, 
desde que conceda ao autor os devidos créditos. 

Postagem de João Manoel (Equipe Litoralbus)

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