Ônibus monoblocos foram produzidos no Brasil entre 1958 e 1997.
Estrutura única trouxe novos avanços ao mercado e até hoje esses veículos ainda rodam no país
Wagner Malagrine/DaimlerChrysler/Divulgação |
Mercedes-Benz foi a primeira montadora a oferecer no Brasil ônibus com motor traseiro e suspensão dianteira com molas helicoidais |
Até a chegada dos monoblocos, o mercado brasileiro era caracterizado pelos ônibus de carroceria montada sobre chassi de caminhão. A Mercedes-Benz inovou ao oferecer pela primeira vez no Brasil motor traseiro, suspensão dianteira composta da molas helicoidais e uma estrutura única, de desenho moderno para a época. Até o final dos anos 50 havia apenas pequenas encarroçadoras, mas em grande número, como a Grassi e a Metropolitana, extintas.
Arquivo/DaimlerChrysler |
Um dos primeiros exemplares do monobloco urbano produzidos em 1958, com capacidade para transportar 28 passageiros. Primeira exportação de monoblocos Mercedes-Benz O321 urbano, com motor de 110 cv, foi para a Venezuela |
De coleção
O supervisor de marketing ônibus da DaimlerChrysler do Brasil, Constantinos Valtas, conta que o O-321 mantido pela fábrica mantém as características originais, mas foi comprado de um antigo frotista. “Restauramos o ônibus, que mantinha boa parte das peças. Então, aplicamos um lay-out de pintura que foi oferecido aos clientes nos anos 50 e 60”, conta.
Além do motor OM-321 diesel 5.0 de seis cilindros, a versão rodoviária do O-321 tinha câmbio manual de cinco marchas, transmissão do tipo eixo-cardã e freios pneumáticos. A capacidade era para até 36 passageiros, ao contrário do modelo urbano, que levava até 28 pessoas.
A partir da série O-321, a família de monoblocos Mercedes-Benz evoluiu para os modelos O-352 (1969), O-362 (1971), O-364 (1978), O-370 (1984), O-371 (1987) e O-400 (1993). A dinastia dos ônibus de estrutura única acabou em 1997, quanto o último O-400 deixou a linha de montagem em Campinas (SP). Segundo Valtas a produção foi interrompida por questões de venda. “Tínhamos um produto diferenciado, e conseqüentemente mais caro. Na metade da década de 90, o mercado não estava disposto a pagar a mais. Por isso, decidimos encerrar a produção dos monoblocos e apostar apenas nos chassis, com motorização dianteira ou traseira”.
Fonte: http://admin.jornaldotocantins.vrum.com.br/veiculos/templates/template_interna_noticias?id_noticias=22408&id_sessoes=8
Divulgação e Postagem de João Manoel (Equipe LitoralBus)
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