Projeto do transporte permanece na Câmara sob análise e deve ser encaminhado para votação na próxima sessão. Se texto chegar sem emendas, população não terá grandes novidades para comemorar. A Circular, empresa que mantém o monopólio na cidade há mais de 20 anos, passa apenas a dividir o transporte com outra empresa do setor.
Ocorre que cada uma terá sua região na cidade para explorar, sem concorrência direta que estimule a opção dos usuários por um preço mais justo ou melhor qualidade no transporte. A concorrência fica restrita apenas no momento do processo licitatório, quando vencerão as duas empresas que oferecerem os menores valores de tarifa.
Definidas as vencedoras, os membros do SAF (Serviços Auxiliar do Transporte Coletivo) e o prefeito Mário Bulgareli vão determinar um valor único para a passagem. Caberia ao SAF, caso fosse um órgão representativo e não apenas consultivo, determinar, como ocorrem em outras cidades, melhorias efetivas no transporte público que fossem ao encontro do anseio da população, que não pede nada de mais, exceto dignidade.
Usuários do sistema de transporte pedem passagens mais baratas ou valores que justifiquem a qualidade, que é deixada de lado pela Circular. Ônibus lotados, desrespeito a idosos, atrasos constantes e linhas canceladas nas regiões mais distantes da cidade, são fatos corriqueiros que, apesar das reclamações, são mantidos pela empresa, o que demonstra claramente o desrespeito que tem com seus clientes.
A divisão da cidade para o transporte não deixa de ser um passo para a melhoria no transporte, desde que as duas empresas não ofereçam o mesmo serviço e mesmo valores de transporte, o que não é impossível de acontecer. Pode ser que Marília tenha um só transporte com duas empresas que, no fundo serão geridas por uma só.
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