Vereador paulista pede fim da restrição
Um ano após o inicio da restrição de circulação de ônibus fretados na cidade de São Paulo, a questão ainda gera polêmica de ordens financeira e de mobilidade. De acordo com balanço da Transfretur, sindicato das empresas de fretamento, a medida não surtiu o efeito desejado na melhoria do tráfego e ainda causou perda de 40% no faturamento das empresas do setor.
Por outro lado, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) divulgou um levantamento que apontou melhoria de 11% no fluxo nas principais vias. No entanto, vereador paulista Antonio Goulart, questionando tais números.
“Temos dados que revelam aumento nos índices de congestionamento e redução na velocidade média dos veículos de 18 quilômetros para 15 quilômetros por hora no primeiro ano de restrição. Fato que mostra a ineficiência da medida adotada”, observa o parlamentar.
O vereador Goulart encaminhou à prefeitura algumas sugestões para melhorar o transporte na cidade. Entre elas, o fim da restrição de circulação.
Para ele, o problema de trânsito passa por vieses mais críticos como a precariedade da infraestrutura, segurança e custo mais acessível aos usuários. Mesmo sabendo que a revogação injetaria mais de 300 ônibus ao centro expandido da capital, Goulart justifica a sugestão.
Vinte por um
“Para cada ônibus fretado – que ocupa o espaço de 16 metros – sairiam das ruas no mínimo 20 veículos, que ocupam em média 80 metros. Somados, as vias ficariam livres de aproximadamente seis mil veículos que circulam geralmente com apenas um ocupante”, enumera o vereador.
O parlamentar destaca que solicitou à prefeitura paulista apenas o fim da restrição, demonstrando que a regulamentação dos pontos de paradas, diferenciação do fretamento rotineiro com o de turismo e maior controle das frotas, surgem como os principais benefícios da lei.
“Um centro urbano que quer priorizar o transporte coletivo, precisa incentivá-lo e não criar leis para restringi-lo”, prossegue Goulart, afirmando que solicitou também que os fretados passem a utilizar os corredores exclusivos para o deslocamento.
Sobre a possibilidade da lei de fretados ser revista, o parlamentar diz que existe por parte do Poder Legislativo Municipal a intenção de sugerir uma revisão de seu conteúdo, mas que é necessária uma representação mais ativa das empresas do segmento junto ao Poder Executivo.
Fonte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário