Centrais Sindicais fazem protestos nas cidades da Baixada Santista
As manifestações são contra o projeto que regulamenta a terceirização e contra a redução de direitos trabalhistas. Entrada de Santos, divisa com São Vicente e rodovias em Cubatão foram bloqueados pelos manifestantes na manhã desta sexta-feira
As manifestações marcadas para esta sexta-feira (29/05/2015), em várias partes do País, também ocorreram na Baixada Santista. Manifestantes se dividiram entre a entrada de Santos, divisa da Cidade com São Vicente e a Rodovia Cônego Domênico Rangoni, em Cubatão. A chuva atrapalhou a mobilização das centrais sindicais, que finalizaram o bloqueio das vias e a própria manifestação antes das 10 horas, horário inicial previsto para o término da manifestação.
No início da manhã, às 6 horas, a divisa entre Santos e São Vicente já estava bloqueada. Um pouco
depois, por volta das 6h10, a Avenida Martins Fontes, na entrada da Cidade também foi bloqueada pelas centrais sindicais. Quem tentava furar o bloqueio utilizando o Morro da Nova Cintra também encontrou tráfego lento devido ao grande número de veículos que tentavam desviar da manifestação.
Manifestantes se reuniram na Praça Mauá, no Centro de Santos, após desbloquearem as vias
Por volta das 8 horas, os manifestantes que protestavam na divisa liberaram o tráfego sentido Santos e partiram para o outro lado da pista, bloqueando quem segue para São Vicente. No mesmo horário a
entrada de Santos, pela Avenida Martins Fontes, também foi liberada. Logo depois, seguiram sentido
Centro de Santos.
Os manifestantes chegaram na região central da cidade por volta das 9h10, em direção à Praça Mauá,
onde se reuniram. Com isso, o tráfego de veículos chegou a ficar congestionado por onde eles passavam. Às 9h45, o protesto já estava encerrado.
Furaram bloqueio
Para fugir da manifestação, os motociclistas utilizaram as ciclovias para conseguir chegar ao trabalho. Os usuários de ônibus, também sem conseguir passar pelos bloqueios com o coletivo, optaram por descer do transporte público rumo ao trabalho: na chuva e a pé.
Segundo um motorista de uma linha intermunicipal, que não quis se identificar, não houve instrução por parte da empresa com relação à manifestação. "Não recebemos nenhuma orientação ao sair da
garagem", afirma.
Carro pegou fogo no Saboó durante manifestação
Susto
Durante a manifestação, um veículo pegou fogo na Avenida Nossa Senhora de Fátima, na altura do número 234, no Saboó. Os bombeiros ajudaram a apagar o incêndio, que começou por volta das 7h30.Segundo o motorista José Felipe Santiago Nunes, pai da dona do carro, as chamas começaram após a filha forçar a partida do veículo. "Moro do Santa Maria e estava indo para São Paulo quando não consegui passar e resolvi retornar, aí acabei presenciando ela no sufoco. Mas está tudo bem e ninguém se feriu".
Pelos direitos dos trabalhadores e aposentados
O motivo dos sindicalistas para voltar às ruas é a retirada de direitos de trabalhadores e aposentados.
Insatisfeitos com o protesto, muitos motoristas que passavam pelos locais das manifestações pediam para que ato seja feito em Brasília. A feirante Ivani Matos, 47 anos, disse ter sido surpreendida com o ato.
Ela acordou atrasada e se deparou com a manifestação. "Não teve aviso e nem nada. Estou com o
caminhão parado e não consigo ir à feira. Precisamos reivindicar os direitos, mas não atrapalhar vida do trabalhador", lamenta.
Centrais sindicais paralisaram a avenida da praia por volta das 6 horas desta sexta-feira Cubatão
Às 10h15, a pista sentido Cubatão/Guarujá, na Cônego Domênico Rangoni, foi liberada, depois de forte presença policial, tropa de choque, cavalaria e uso de um helicóptero. Houve resistência de integrantes do movimento dos desempregados que jogaram pedras na tropa, mas a liberação ocorreu minutos depois sem problemas.
A tropa desceu encurralando alguns manifestantes na Avenida 9 de Abril, no Centro de Cubatão. Logo após os manifestantes se dispersaram. Na mesma rodovia, sentido Santos, o bloqueio foi liberado por volta das 7 horas.
Chuva não dispersou manifestantes na rodovia Cônego Domênico Rangoni
Os ônibus que transportam os trabalhadores do Polo Industrial ficaram impedidos de passar pelo bloqueio e pararam congestionamento, que atingiu, por volta das 7h15, 3 Km de extensão.
Na Escola Federal de Cubatão, a direção geral suspendeu as atividades nos períodos da manhã e tarde devido às manifestações.
Cavalaria da Polícia Militar esteve presente na manifestação que ocorreu em Cubatão
Sindicato
“Será o Dia Nacional de Paralisação. Queremos derrubar essas mudanças que prejudicam todo mundo.
Se não ocorrer, vamos rumo à greve geral”, avisa o presidente do Sindicato dos Bancários da região,
Ricardo Saraiva, o Big, na véspera da manifestação.
A lista de reclamações da categoria é extensa: alterações no seguro-desemprego, nas regras da pensão, no fator previdenciário e no projeto de terceirização.
Fonte: DE A TRIBUNA ON-LINE 29/05/2015 - 06:08 - Atualizado em 29/05/2015 - 11:10